segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Here We Go Again!

Há bocado saí de mais uma consulta. Andei a adiar por motivos profissionais e foi um grande erro. Não que me sentisse asfixiada com a falta de consultas mas precisava de falar sobre algumas coisas e ouvir um feedback.
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Mas acho que nesta consulta queria dizer à Drª o que eu não consegui: que se estou bem profissionalmente, é a ela que devo isso.
Até pode ser pelo meu empenho mas de que me servia o meu empenho se eu não acreditava nas minhas capacidades? Quantas consultas foram necessárias para que eu começasse a enviar CV?
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Eu sei que muitas pessoas defendem que a força está em nós, que nós temos os recursos para trilhar o nosso caminho e vencer o desânimo e a insegurança. Eu concordo. No entanto, há alturas em que nos sentimos tão perdidos que não há volta a dar, não sabemos onde procurar esses recursos. E teve mesmo de ser a Drª a ajudar. E depois de me dizer o que devia fazer e entender o que me paralisava, esteve sempre a incentivar-me na luta.
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Não poderei defender que estou bem. Não se trata disso. Acho que em termos de insegurança melhorei um bocadinho. Já em termos de auto-estima melhorei muito. Sinto-me muito melhor comigo própria e isso reflecte-se, acho eu.
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Continuo a ter a mesma sensção de bem-estar quando saio das consultas. No final, falei com a Drª porque acho que é altura de tocar em feridas do passado que me impedem de querer viver e acreditar no amor. Não deixo que ninguém se aproxime de mim. E não quero ser assim eternamente.
Acho que há mais uma luta para iniciar...
Here we go again!

Um Mau Momento

Eu continuo a lutar para controlar a ansiedade. No Sábado senti-me mal. Estava muito calor no meu local de trabalho. E o que fiz eu? Procurei estratégias, embora o meu primeiro pensamento fosse, de facto, "catastrofista": «Se eu desmaio aqui, ninguém me encontra». Mas não paralisei.
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Sentia calor, as pernas a tremer, as mãos a suar. Via tudo desfocado. Estava a sentir um peso no estômago. De 0 a 100 senti uma tensão de 70. Pensei mesmo que ia vomitar ou desmaiar ou que se estava a passar qualquer coisa errada comigo.
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Solução: ir à casa-de-banho. Mas seria correcto fechar a loja nem que fosse por minutos? Pensei que eu estava a sentir-me mal, não era para ir tomar café com uma amiga. Logo, era uma emergência. Decidi então sair da loja. Lembrei-me que a minha chave não abre a porta! «ai e agora?! Estou tramada!» Outro plano: pedi à menina da loja em frente que tomasse conta da loja porque não estava a sentir-me bem. Fui a correr à casa-de-banho molhar a cara, os pulsos e trazer as mãos molhadas. Passei no café e pedi um pacote de açúcar.
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Voltei para a loja, e o mau estar demorou a passar. Já com o ar condicionado ligado, sentei-me, bebi água e engoli o pacote de açúcar.
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Aos poucos comecei a ficar melhor. Meia hora depois já não havia sinal de tonturas nem visão turva. Continuava a sensação de náuseas. Porque esta situação despertou ansiedade em mim. Acho que não foi uma crise de ansiedade porque os pensamentos não precederam o mau-estar. Mas agravaram essa má sensação quando me lembrei que podia sentir-me mal e ninguém estava perto para me socorrer.
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Apesar de tudo, não entrei em pânico e, felizmente tudo se resolveu.
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Alguém detecta mudanças desta situação para outras anteriores em que a sentia a minha saúde presa por um fio?

sábado, 10 de outubro de 2009

Sempre a Ansiedade... Um dia hei-de superá-la

Mais uma longa ausência, um pouco pela falta de tempo mas essencialmente pela desmotivação por escrever aqui.
Não me perguntem por quê, mas sinto que ando mais positiva, não tão "catastrofista" e já não encaro o erro como o final do mundo.
Não posso dizer que nunca tenha maus momentos. Há alturas que sinto o mesmo descontentamento por não ser perfeita: não ter dinheiro (não ser rica, entenda-se), não ter 1,80m (no mínimo), não ter uma casa própria ou um emprego estável. Às vezes, a insegurança fala mais alto, sinto-me inquieta com novas tarefas. A diferença é que não deixo que isso me impeça de fazer o que me pedem; não me impede de ser feliz com o pouco que tenho que, na verdade é o essencial para que eu me sinta feliz. Por isso, encaro como momentos maus, tal como toda a gente tem.
Há uma coisa que ainda não sei controlar muito bem: a minha ansiedade e o meu medo de vomitar. Já não tenho crises de ansiedade há um mês, embora me sinta ansiosa quase todos os dias. Não deixo que isso me impeça de fazer o que quero e o que tenho de fazer.
Acho que tenho andado melhor porque tenho o tempo muito ocupado, tenho dois trabalhos e uma tese para acabar.
Agora é que eu consigo ter a certeza de que devia ter dado tudo por tudo na tese antes de começar a trabalhar. Agora é muito complicado chegar a casa depois do trabalho e ainda ter de continuar em frente ao pc. Pensar mais um bocadinho e dormir menos.
Tenho feito muito mais do que quando não tinha nenhuma ocupação. O problema é que não tenho tempo de saír e conviver. E isso faz-me muita falta.
Um dia hei-de superar. :-)