segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O dia-a-da no corre-corre

Mais uma ausência prolongada. A verdade é que não têm existido alterações quanto aos últimos dias.
Tenho andado ao rubro, sempre a correr para todo o lado, sempre stressada, sempre a tentar fazer mil e uma coisas.
Não tenho sentido crises. Mas sinto os sintomas da ansiedade todos os dias. É a taquicardia, é preocupação com tudo, é o medo do incerto, do futuro, de estar sozinha, de não ter emprego, de não ter dinheiro, de perder os amigos porque não lhes dedico muito tempo, enfim... Medo até que as pessoas gostem de mim e eu não saiba retribuir esse sentimento.
Não é que eu considere que não sou digna desse carinho, o meu medo é não saber retribuir, não conseguir expressar que essas pessoas também fazem parte do meu coração.
Ando a ficar cansada. Não tanto desmotivada mas casada porque queria um dia que fosse para pegar no cobertor e ficar no sofá a ver tv sem me preocupar com o trabalho, com a tese (que não faço há mais de um mês).
Não tenho saído para caminhar, fazer desporto e ouvir música. Não tenho ido ao ginásio. Não tenho ido ao café ler o jornal nem tenho ido sequer à esplanada (embora as condições atmosféricas não ajudem). Não tenho ido ao centro comercial sem ser para trabalhar. Passo horas e horas sozinha. Não me assusta mas estou farta.
Ou seja, não tenho procurado momentos felizes, ando sempre stressada e inquieta. Ou é porque não vejo perspectivas de futuro ou porque tenho e não sei escolher. Nunca fui boa a tomar decisões.
E por hoje é isto. Preciso de um intervalo e pensar que pelo menos um dia na semana é meu. Um momento do dia é meu. Preciso de me ouvir a mim própria.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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Hoje vou chorar.
Perceber que não vale a pena tanto esforço. Deixar que a vida decida por mim porque eu já não quero mais decidir.
Estou farta. Estou triste. Estou cansada.

domingo, 8 de novembro de 2009

"É Assim a Vida"

Ultimamente voltei a ter algumas crises de ansiedade. Diminuíram bastante em dimensão mas continuam presentes.
Às vezes são difíceis de suportar. Procuro os planos mas não resultam. Não voltei ao extremo de abandonar sítios ou ir para o hospital. Em contrapartida, tenho andado assim muitas vezes.
É esta incerteza quanto a tudo. Quanto ao futuro, quanto aos passos que tenho dado, quanto à sobrevivência que tenho questionado bastante.
Dá vontade de enterrar a cabeça na areia e deixar tudo para trás. Abandonar uma luta de anos que exige esforço a triplicar. Não queria mas talvez seja precisamente esse o caminho.
A luta continua e o caminho está cada vez mais íngreme. Mas há muito que aprendi que mesmo que a vida me faça dar dois passos atrás, tudo acontece por alguma razão.
Um dia vou entendê-la ou encará-la apenas como: "É assim a vida..."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sempre a loga Caminhada...

Desde que vos contei o meu mau-estar há dois post atrás, tenho sentido várias pequenas indisposições.
Já não sei definir se é ansiedade visto que à minha colega de trabalho aconteceu o mesmo duas vezes esta semana. Já não sei se é algo com o sítio, algo que nos faz alergia, que nos deixa assim. Não faço a mínima ideia.
A verdade é que eu associo logo à ansiedade. E tento não ligar. Procuro a estratégia da distracção. Mas às vezes fica tão difícil de esconder que estou a sentir-me mal. E então surge uma espécie de voz dentro de mim que me diz que já ultrapassei crises maiores; não vai ser esta que me vai desanimar.
Dá vontade de fugir pra a rua e correr à chuva e gritar muito e chorar até não poder mais. Porque sei que depois disto, sentir-me-ia muito melhor.
Mas não faço nada disto. Concentro-me apenas em acreditar que se trata apenas de uma indisposição, caminho um pouco pelo sítio onde estou, respiro fundo algumas vezes. Mas nem sempre é fácil.
E alguma vez alguém disse que seria?