segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O dia-a-da no corre-corre

Mais uma ausência prolongada. A verdade é que não têm existido alterações quanto aos últimos dias.
Tenho andado ao rubro, sempre a correr para todo o lado, sempre stressada, sempre a tentar fazer mil e uma coisas.
Não tenho sentido crises. Mas sinto os sintomas da ansiedade todos os dias. É a taquicardia, é preocupação com tudo, é o medo do incerto, do futuro, de estar sozinha, de não ter emprego, de não ter dinheiro, de perder os amigos porque não lhes dedico muito tempo, enfim... Medo até que as pessoas gostem de mim e eu não saiba retribuir esse sentimento.
Não é que eu considere que não sou digna desse carinho, o meu medo é não saber retribuir, não conseguir expressar que essas pessoas também fazem parte do meu coração.
Ando a ficar cansada. Não tanto desmotivada mas casada porque queria um dia que fosse para pegar no cobertor e ficar no sofá a ver tv sem me preocupar com o trabalho, com a tese (que não faço há mais de um mês).
Não tenho saído para caminhar, fazer desporto e ouvir música. Não tenho ido ao ginásio. Não tenho ido ao café ler o jornal nem tenho ido sequer à esplanada (embora as condições atmosféricas não ajudem). Não tenho ido ao centro comercial sem ser para trabalhar. Passo horas e horas sozinha. Não me assusta mas estou farta.
Ou seja, não tenho procurado momentos felizes, ando sempre stressada e inquieta. Ou é porque não vejo perspectivas de futuro ou porque tenho e não sei escolher. Nunca fui boa a tomar decisões.
E por hoje é isto. Preciso de um intervalo e pensar que pelo menos um dia na semana é meu. Um momento do dia é meu. Preciso de me ouvir a mim própria.

5 comentários:

jimbo disse...

“ O grande escritor russo Fiodor Dostoievski escapou por pouco de ser executado por um pelotão de fuzilamento. Enquanto aguardava sua vez de ser chamado pelos executores, começou a pensar em como passaria seus últimos momentos. Ele sabia que dentro de cinco minutos seria preso a um poste e executado, e assim desapareceria deste mundo. Não queria desperdiçar esses cinco preciosos minutos, pois eram seu último tesouro. Precisava utilizá-los cuidadosamente. Ele dividiu o tempo restante em três partes. Usaria os primeiros dois minutos para despedir-se de seus amigos e entes queridos. Os dois minutos seguintes seriam dedicados a uma última reflexão sobre si próprio. E o último minuto usaria para dar uma última olhada ao seu redor.
Ao mesmo tempo, decidiu que, se por alguma razão fosse poupado, transformaria cada minuto em uma era e jamais desperdiçaria um segundo sequer.
Portanto, a pessoa que triunfa no final é aquela que se levanta após cada queda e avança. A capacidade de continuar a lutar é uma questão de determinação. A morte não vem para a pessoa que está cansada, mas sim para aquela que parou de lutar.”
Uma história que me ajuda a superar momentos como os que estas a passar. Não te conheço mas sei o que sentes.Gostava de ser teu amigo.
Há uma coisa boa na ansiedade: quando ultrapassamos um obstáculo, sentimo-nos os reis do mundo. ADORO ESSA SENSAÇÃO!!! Nem que seja por pouco tempo. Depois descubro que foi apenas mais um passo numa longa escalada.

Abraço, Nuno Soares.

jimbo disse...

Procura-se um amigo
“Basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.”
Vinicius de Morais

Não tenhas medo de ter novos amigos, olha aqui um de braços abertos pronto para te ajudar.
Sabes que uma das coisas que me provocam mais ansiedade é estar a espera de uma resposta e não a receber. Deixa-me ser teu amigo.
Um abraço
Nuno Soares.

"Joana" disse...

Claro k sim. Amigos nunca são demais.

*

Obrigada pelo teu apoio.

beijinh*

jimbo disse...

Dentro da tua verdade Na tua realidade Dentro da tua história Dentro de teus desejos No roçar de tantos beijos Longe dos desenganos No céus, na terra e oceanos No aconchego do calor Em noites de muito amor Dentro do teu "porém" Comigo ou com outro alguém Ao sabor das emoções No florir de outras paixões No vazio da saudade Na tua tola vaidade Em derrotas ou vitórias Dentro de teus limites Em acertos ou palpites E mesmo no esquecimento Dentro de teus impérios Na vida e em seus mistérios Em todo e a qualquer momento Que não haja sofrimento Nem ais e nem lamentos
Em minha tola paixão:
Desejo de coração
Que sejas Feliz, Feliz, Feliz!
Feliz Natal.
Um abraço: Nuno Soares

jimbo disse...

ola, espero que esta paragem no teu Blog seja porque finalmente a tua vida esta a correr melhor. espero que sim que te esteja tudo a correr bem.
Uma abraço.
Nuno Soares.