sábado, 8 de maio de 2010

Relato de Luciana - uma lição de Viver a Vida



Vejam a partir do quarto minuto, aproximadamente. E digam-me em que é que consiste a coragem.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O dia-a-da no corre-corre

Mais uma ausência prolongada. A verdade é que não têm existido alterações quanto aos últimos dias.
Tenho andado ao rubro, sempre a correr para todo o lado, sempre stressada, sempre a tentar fazer mil e uma coisas.
Não tenho sentido crises. Mas sinto os sintomas da ansiedade todos os dias. É a taquicardia, é preocupação com tudo, é o medo do incerto, do futuro, de estar sozinha, de não ter emprego, de não ter dinheiro, de perder os amigos porque não lhes dedico muito tempo, enfim... Medo até que as pessoas gostem de mim e eu não saiba retribuir esse sentimento.
Não é que eu considere que não sou digna desse carinho, o meu medo é não saber retribuir, não conseguir expressar que essas pessoas também fazem parte do meu coração.
Ando a ficar cansada. Não tanto desmotivada mas casada porque queria um dia que fosse para pegar no cobertor e ficar no sofá a ver tv sem me preocupar com o trabalho, com a tese (que não faço há mais de um mês).
Não tenho saído para caminhar, fazer desporto e ouvir música. Não tenho ido ao ginásio. Não tenho ido ao café ler o jornal nem tenho ido sequer à esplanada (embora as condições atmosféricas não ajudem). Não tenho ido ao centro comercial sem ser para trabalhar. Passo horas e horas sozinha. Não me assusta mas estou farta.
Ou seja, não tenho procurado momentos felizes, ando sempre stressada e inquieta. Ou é porque não vejo perspectivas de futuro ou porque tenho e não sei escolher. Nunca fui boa a tomar decisões.
E por hoje é isto. Preciso de um intervalo e pensar que pelo menos um dia na semana é meu. Um momento do dia é meu. Preciso de me ouvir a mim própria.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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Hoje vou chorar.
Perceber que não vale a pena tanto esforço. Deixar que a vida decida por mim porque eu já não quero mais decidir.
Estou farta. Estou triste. Estou cansada.

domingo, 8 de novembro de 2009

"É Assim a Vida"

Ultimamente voltei a ter algumas crises de ansiedade. Diminuíram bastante em dimensão mas continuam presentes.
Às vezes são difíceis de suportar. Procuro os planos mas não resultam. Não voltei ao extremo de abandonar sítios ou ir para o hospital. Em contrapartida, tenho andado assim muitas vezes.
É esta incerteza quanto a tudo. Quanto ao futuro, quanto aos passos que tenho dado, quanto à sobrevivência que tenho questionado bastante.
Dá vontade de enterrar a cabeça na areia e deixar tudo para trás. Abandonar uma luta de anos que exige esforço a triplicar. Não queria mas talvez seja precisamente esse o caminho.
A luta continua e o caminho está cada vez mais íngreme. Mas há muito que aprendi que mesmo que a vida me faça dar dois passos atrás, tudo acontece por alguma razão.
Um dia vou entendê-la ou encará-la apenas como: "É assim a vida..."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sempre a loga Caminhada...

Desde que vos contei o meu mau-estar há dois post atrás, tenho sentido várias pequenas indisposições.
Já não sei definir se é ansiedade visto que à minha colega de trabalho aconteceu o mesmo duas vezes esta semana. Já não sei se é algo com o sítio, algo que nos faz alergia, que nos deixa assim. Não faço a mínima ideia.
A verdade é que eu associo logo à ansiedade. E tento não ligar. Procuro a estratégia da distracção. Mas às vezes fica tão difícil de esconder que estou a sentir-me mal. E então surge uma espécie de voz dentro de mim que me diz que já ultrapassei crises maiores; não vai ser esta que me vai desanimar.
Dá vontade de fugir pra a rua e correr à chuva e gritar muito e chorar até não poder mais. Porque sei que depois disto, sentir-me-ia muito melhor.
Mas não faço nada disto. Concentro-me apenas em acreditar que se trata apenas de uma indisposição, caminho um pouco pelo sítio onde estou, respiro fundo algumas vezes. Mas nem sempre é fácil.
E alguma vez alguém disse que seria?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Here We Go Again!

Há bocado saí de mais uma consulta. Andei a adiar por motivos profissionais e foi um grande erro. Não que me sentisse asfixiada com a falta de consultas mas precisava de falar sobre algumas coisas e ouvir um feedback.
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Mas acho que nesta consulta queria dizer à Drª o que eu não consegui: que se estou bem profissionalmente, é a ela que devo isso.
Até pode ser pelo meu empenho mas de que me servia o meu empenho se eu não acreditava nas minhas capacidades? Quantas consultas foram necessárias para que eu começasse a enviar CV?
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Eu sei que muitas pessoas defendem que a força está em nós, que nós temos os recursos para trilhar o nosso caminho e vencer o desânimo e a insegurança. Eu concordo. No entanto, há alturas em que nos sentimos tão perdidos que não há volta a dar, não sabemos onde procurar esses recursos. E teve mesmo de ser a Drª a ajudar. E depois de me dizer o que devia fazer e entender o que me paralisava, esteve sempre a incentivar-me na luta.
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Não poderei defender que estou bem. Não se trata disso. Acho que em termos de insegurança melhorei um bocadinho. Já em termos de auto-estima melhorei muito. Sinto-me muito melhor comigo própria e isso reflecte-se, acho eu.
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Continuo a ter a mesma sensção de bem-estar quando saio das consultas. No final, falei com a Drª porque acho que é altura de tocar em feridas do passado que me impedem de querer viver e acreditar no amor. Não deixo que ninguém se aproxime de mim. E não quero ser assim eternamente.
Acho que há mais uma luta para iniciar...
Here we go again!

Um Mau Momento

Eu continuo a lutar para controlar a ansiedade. No Sábado senti-me mal. Estava muito calor no meu local de trabalho. E o que fiz eu? Procurei estratégias, embora o meu primeiro pensamento fosse, de facto, "catastrofista": «Se eu desmaio aqui, ninguém me encontra». Mas não paralisei.
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Sentia calor, as pernas a tremer, as mãos a suar. Via tudo desfocado. Estava a sentir um peso no estômago. De 0 a 100 senti uma tensão de 70. Pensei mesmo que ia vomitar ou desmaiar ou que se estava a passar qualquer coisa errada comigo.
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Solução: ir à casa-de-banho. Mas seria correcto fechar a loja nem que fosse por minutos? Pensei que eu estava a sentir-me mal, não era para ir tomar café com uma amiga. Logo, era uma emergência. Decidi então sair da loja. Lembrei-me que a minha chave não abre a porta! «ai e agora?! Estou tramada!» Outro plano: pedi à menina da loja em frente que tomasse conta da loja porque não estava a sentir-me bem. Fui a correr à casa-de-banho molhar a cara, os pulsos e trazer as mãos molhadas. Passei no café e pedi um pacote de açúcar.
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Voltei para a loja, e o mau estar demorou a passar. Já com o ar condicionado ligado, sentei-me, bebi água e engoli o pacote de açúcar.
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Aos poucos comecei a ficar melhor. Meia hora depois já não havia sinal de tonturas nem visão turva. Continuava a sensação de náuseas. Porque esta situação despertou ansiedade em mim. Acho que não foi uma crise de ansiedade porque os pensamentos não precederam o mau-estar. Mas agravaram essa má sensação quando me lembrei que podia sentir-me mal e ninguém estava perto para me socorrer.
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Apesar de tudo, não entrei em pânico e, felizmente tudo se resolveu.
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Alguém detecta mudanças desta situação para outras anteriores em que a sentia a minha saúde presa por um fio?

sábado, 10 de outubro de 2009

Sempre a Ansiedade... Um dia hei-de superá-la

Mais uma longa ausência, um pouco pela falta de tempo mas essencialmente pela desmotivação por escrever aqui.
Não me perguntem por quê, mas sinto que ando mais positiva, não tão "catastrofista" e já não encaro o erro como o final do mundo.
Não posso dizer que nunca tenha maus momentos. Há alturas que sinto o mesmo descontentamento por não ser perfeita: não ter dinheiro (não ser rica, entenda-se), não ter 1,80m (no mínimo), não ter uma casa própria ou um emprego estável. Às vezes, a insegurança fala mais alto, sinto-me inquieta com novas tarefas. A diferença é que não deixo que isso me impeça de fazer o que me pedem; não me impede de ser feliz com o pouco que tenho que, na verdade é o essencial para que eu me sinta feliz. Por isso, encaro como momentos maus, tal como toda a gente tem.
Há uma coisa que ainda não sei controlar muito bem: a minha ansiedade e o meu medo de vomitar. Já não tenho crises de ansiedade há um mês, embora me sinta ansiosa quase todos os dias. Não deixo que isso me impeça de fazer o que quero e o que tenho de fazer.
Acho que tenho andado melhor porque tenho o tempo muito ocupado, tenho dois trabalhos e uma tese para acabar.
Agora é que eu consigo ter a certeza de que devia ter dado tudo por tudo na tese antes de começar a trabalhar. Agora é muito complicado chegar a casa depois do trabalho e ainda ter de continuar em frente ao pc. Pensar mais um bocadinho e dormir menos.
Tenho feito muito mais do que quando não tinha nenhuma ocupação. O problema é que não tenho tempo de saír e conviver. E isso faz-me muita falta.
Um dia hei-de superar. :-)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Escrevendo nos dia-a-dia

Mais uma ausência prolongada. Não é por falta de tempo embora tenha muito menos agora. É mesmo por não ter o que dizer aqui além do normal: stress com a tese e ansiedade ao rubro!
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Até aqui nada de novo. A novidade é que trabalho numa loja e estou a iniciar uma espécie de "estágio" na minha área. É muito bom mesmo.
Sempre ouvi dizer que as coisas não acontecem quando queremos, acontecem quando têm de acontecer. Mas às vezes custa tanto... O desânimo é imenso e a frustração costuma falar mais alto nessa altura.
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Não tenho adiantado muito a tese, infelizmente. Não tenho feito metade do que eu pretendia. Mas hei-de conseguir. Tento encarar o dia a dia como uma nova oportunidade que a vida me dá para a aproveitar. Ainda fico muito nervosa com certas experiências novas. Mas encaro de frente porque, aconteça o que acontecer, tenho de arriscar! Porque é precisamente disto que me vou orgulhar quando numerar as páginas da minha vida. Não serão os dias que fiquei sem fazer nada que me vão alegrar ou confortar. Pelo contrário, de cada vez que rejeito algo por receio é quase insuportável a desilusão comigo própria.
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Por isso, não desisto. Não me atiro de cabeça mas também não desisto. Vim até aqui e continuo a viver, por isso, ainda tenho muito que escrever num lado mais escuro ou noutro mais claro. Não importa. Seja onde for, o importante é ter as páginas do coração recheadas de palavras, de sorrisos, de sentimentos que nos deixam a sorrir. Páginas que não sirvam de exemplo de uma vida perfeita mas de uma vida que foi aproveitada. E efectivamente vivida.

sábado, 12 de setembro de 2009

"Não julguem, tentem compreender..."

As partidas que mais nos custam são aquelas que acontecem sem aviso prévio. Um estúpido acidente, um suicídio, uma doença que emerge do nada como um ataque cardíaco ou um AVC.

Partidas anunciadas permitem-nos preparar a dor. Ou pelo menos tentar porque a experiência diz-me que nunca chegamos a preparar-nos totalmente. E quando a bomba rebenta entendemos que a esperança falava sempre mais alto.
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Isto tudo para dizer que nós nunca escolhemos o caminho para a morte. Das três uma: ou os problemas de saúde surgem, ou os acidentes acontecem ou os obstáculos se tornam tão insuportáveis que só queremos algo que alivie, nem que amanhã venhamos a sofrer com isso.

Sei do que falo. Tantas vezes pensei consumir drogas (comprimidos anti-depressivos, calmantes bla bla bla... chamem-lhes o que quiserem ou drogas mesmo a sério, tipo daquelas que não nos deixassem pensar em nada), pensei beber até ficar em coma, pensei mil e uma coisas. Queria algo que acalmasse todo o sofrimento de tantos dias seguidos. De um desespero desmedido. De um "não aguento mais"...
A sorte?! A sorte foi ter pessoas que me seguraram as mãos, que me deram estalos e me obrigaram a levantar a cabeça e aprender o significado desta frase: "Venha o que vier, nada será maior do que a minha alma." (Fernando Pessoa)
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De fácil este caminho não tem nada. O calvário vem muito longe do início deste blog.
Agora eu questiono-me: "E se eu não tivesse amigos?", "Se tivesse problemas de saúde mais graves?", "Se tivesse morrido mais do que uma das pessoas que mais amo?", "Se eu tivesse seguido outro caminho que não o de pedir ajuda e do «eu sei que consigo»?!"
Aí teria escolhido o meu caminho para a morte, dizem vocês. Eu digo que teria escolhido o caminho para o alívio de tão grande dor, nem que fosse apenas momentâneo.
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Sabem o que dói mais quando assistimos à degradação daqueles que mais amamos? É ver que o que eles consideram salvação, quem está de fora entende como abismo. Não é fácil e custa muito.
Se calhar nunca disse que uma amiga se suicidou quando eu tinha 14 anos e que eu a detestei mais do que tudo, por uma atitude tão egoísta. Ela tinha 16 anos e aos nossos olhos transparecia uma vida perfeita. Lembro-me que ela me pediu para eu fazer 800 km para passar férias com ela. Fui. Nos últimos dias estive com ela. Nunca me apercebi de nada. As últimas duas horas passámo-las na praia a ver as ondas e a sorrir. (Deve ser por isso que não gosto muito de praia) Abraçou-me com tanta força que parecia que era o abraço de que mais necessitava (ou sou eu que agora interpreto assim).
Cheguei a casa e em 15 minutos tudo aconteceu.
"J. Tens de ser forte. A C. atirou-se do 13º andar..." Nunca mais esquecerei estas palavras. Eu fui de tão longe para vê-la morrer.
Na carta que me deixou, ela escreveu entre outras palavras: "És pequenina mas muito forte. E eu estarei sempre contigo. (...) Que nunca sintas tão grande desespero. «Não julgues, tenta compreender.»"
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Não compreendi e julguei-a de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Acho que cheguei a odiá-la. Apetecia-me ir ao caixão e esganá-la e esbofeteá-la tanto... Depois caí em mim e percebi que queria apenas recuar no tempo e dizer-lhe que a amo e que a vida é linda. Que ela era magnífica, que eu estaria com ela no matter what, e pedia-lhe, por favor, que não me deixasse.

Era tudo inútil. Não sei o que acalmava mais: julgá-la ou julgar-me a mim própria por não ter estado mais presente, mais atenta, mais carinhosa. Eu adorava aquela miúda e sabem quantas vezes lhe disse isso? NENHUMAAAAAA!
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Hoje, compreendo-a. Acho que a vida me "castigou" porque nunca planeei um suicídio mas já senti vontade de morrer. De deixar de existir. Ou de viver em stand-by. Aí lembrei-me do que sofri com a atitude dela. E o que me ajudou quando estava sem rumo foi pensar que, podiam ser poucos os meus amigos mas não mereciam isso. E muito menos os meus pais que viram dois filhos morrerem.
Custou tanto. Juro-vos que sim. Por isso, eu não julgo. São pessoas que não encontram outra saída porque um suicídio ou a entrada no mundo da droga nunca é a primeira solução que procuram. O desespero é imenso. Quem os ama sofre com eles mas nunca mais do que eles. Por isso encaro a atitude deles (principalmente os suicídios) como um acto de desespero e não como um acto de cobardia. É um acto de quem considera que não tem mais nada para viver e não suporta todo o sofrimento que o tolda.
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Hoje sei bem o significado de "Não julguem, tenta compreender..."
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À C. que esteja onde estiver saiba que a vida me ensinou a compreender mas também me ensinou a lutar, porque os nossos problemas não tinham sequer comparação. A vida foi muito mais generosa comigo do que contigo, apesar de tudo.
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À L. que com uma simples expressão me despertou o turbilhão destas emoções das quais nunca falei. Por maior que seja a nossa revolta por tudo o que acontece a quem amamos, pelas injustiças e obstáculos que a vida lhes colocou, acredita que o desespero deles falou mais alto... Temos de os desculpar porque quando o fazemos fica mais fácil aceitar que partiram cedo de mais e injustamente. Quando tinham ainda tanto por viver... E isto dói muito. Muito.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As palavrinhas que descobri agora...

... no hi5 de uma pessoa que conheci durante o estágio. Desconheço se foi ela que as escreveu ou se retirou de um qualquer livro. Amei.
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"Ao longo da nossa vida temos muitas portas que nela existem, cabe-nos a nós escolhe-las e descobri-las...cada uma a seu tempo...
Porta fechada porque tranquei e selei todas as portas a quem não merece o meu apreço, a quem não merece um sorriso nem um bom dia quando é falso, cínico, e fala daquilo que já não sabe, ou fala erradamente porque a memória é curta, porque nós só somos bons enquanto sorrimos, passamos a maus quando viramos costas...na vida é sempre assim, enquanto sou viva sou má, um dia quando morrer choram lágrimas e dizem o cliché... "era tão boa pessoa, gostava tanto dela", não conheço nenhum morto que tenha sido má pessoa, por curioso que pareça... subitamente todos nós vamos para o céu...
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Tanto faz, esses remoinhos não fazem tempestade no meu mar, descobri isso numa porta secreta que todos nós devíamos descobrir once in a while... existem portas em que nunca pensamos entrar, e quando o fazemos, descobrimos o essencial... NÓS... nesta porta secreta descobri a liberdade, o respirar fundo, a harmonia e tranquilidade, a paz de espírito, o amor próprio, o sorriso e o amigo...já há 3 anos que não sabia o que era isto... nada nos parece tão claro como quando entramos neste mundo, vejo melhor o amigo, o "eu" e tudo o que me rodeia... sabes o que queres e o que não queres e não sorris a ninguém que não te apeteça passamos a ser directos e quando nos magoam não nos escondemos no canto a chorar... estava farta de sorrir e ser politicamente correcta com aqueles que nas minhas costas falavam e agiam... quanto mais te esforças menos vontade tens.... tudo isso desapareceu como uma nuvem de fumo, tudo isso deixou de ser uma corrente de prisioneiro no meu pé... quando somos nós próprios tem muito mais sabor, quando voltamos a nós olhamos para trás e pensamos que sofremos por estupidez,não fomos feitos para agradar a ninguém nem somos robots para sermos criados a imagem de.... somos nós mesmos, e é isso o mais importante... quem gosta de nós estará sempre por perto, é nesses momentos que sabemos quem é quem...
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Porta entreaberta,escolho deixa-la assim porque nem tanto ao mar nem tanto á terra, existe alguém por ai que me ama, conheço uns quantos para além do meu pai e da minha mãe,lol, acredito que ainda haja quem pense como eu, não se pode generalizar...acredito que hajam pessoas que saibam apreciam o genuíno... e atenção que quando falo em genuíno refiro-me a,como diz uma certa musica "I am my own special criation"... ninguém é perfeito se assim fosse não seriamos humanos, o essencial para mim é saúde, vida, família e amigos... esta é a minha chave de ouro, e quem é especial para mim tem sempre um lugar no meu coração e tudo farei por eles...tudo dou, tudo sou, mas aquilo que mais quero ser... é feliz!"

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Haja Pensamento Positivo

Sei que devo muitas palavrinhas aqui neste lado escuro. Não posso dizer que tenho estado bem e que é precisamente por isso que não escrevo aqui. Isso não é verdade.
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A verdade é que não consigo ter pensamentos catastrofistas do género: "nunca nada na minha vida se resolverá de forma a proporcionar-me alguma felicidade" ou "nunca arranjarei um emprego no qual me sinta bem" ou "nunca vou conseguir amar nenhum rapaz só porque no passado me magoei muito"...
Penso sim na incerteza que é o futuro. Ainda não consegui arranjar melhor estratégia para ultrapassar o medo de não ter certezas. Estou claramente a falar de emprego. Mas como ainda não sei bem como controlar esta angústia, vou tentando pensar o menos possível e vivendo um dia de cada vez...
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Vou escrevendo a minha tese. Em dois meses escrevi um parágrafo mas agora sei que vou ter de esforçar-me a sério: deixar de lado o desânimo, a insegurança e tudo o que me distraia. Preciso de concentração e sobretudo motivação. Vou tentar um tudo por tudo e sabem que mais? Vou conseguir. Tenho de conseguir porque se desistisse jamais me perdoaria.
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Mudança de pensamento é coisa óbvia na minha pessoa, ultimamente. E a forma como a vida me retribui ou a forma como eu encaro as coisas que me acontecem também é muito mais positiva. Sinto que cultivo cada vez mais amigos e expresso o meu carinho por eles sempre que posso. Da parte deles sinto maior disponibilidade e tolerância quanto aos meus piores momentos.
Sabem por quê? Porque perceberam que eu estou a esforçar-me, que já se notam mudanças, que estou mais receptiva à felicidade e não estou a pensar nos problemas 24h por dia e principalmente quando estou com eles. Já não tenho o discurso de vítima, de "desgraçadinha" que embora fosse o que eu sentia, já ninguém conseguia aguentar por muito tempo.
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Na noite passada tive uma crise de choro. Daquelas de roubar ao nosso organismo todas as réstias de lágrimas que ele possuía. Falei de tudo, chorei, gritei e perguntei por quê.
Mas em cada lágrima, corria também pela minha face a certeza de que um dia a vida encarregar-se-ia de limpar aqueles dissabores, aquelas incertezas.
Sim, tenho destes momentos. E são eles que me relembram aquilo de que falamos nas consultas: a construção de novos pensamentos que refutem os que me deixam mal. Ou questionar se determinado pensamento tem razão de existir. Tenho concluído que muito deles não valem a pena. Servem apenas para sofrer sem razão nenhuma.
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Continuo a ter momentos em que a ansiedade me perturba imenso. Não me esqueço do que prometi no post anterior mas hoje não me apetece falar de coisas tão específicas que sinto. Esta continua a ser a pedra no meu sapato. Mas tenho fé. E tenho treinado estratégias para contornar o problema. Não é fácil mas mesmo aqui já não perco o controlo da situação (a esmagadora maioria das vezes).
Um dia também hei-de ficar melhor neste aspecto.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Montanha Russa Da Minha Vida

Posso dizer que os últimos dias não têm sido fáceis. Mas também não há sinal para alarme ou para dramatizar.

Um dia, com mais calma, vou explicar direitinho o que sinto e como gosto que as pessoas se comportem comigo quando me sinto pior. Porque tenho observado que a indiferença de uns contrasta com a preocupação de outros.
Acho que devo a estes últimos uma explicação.. Mas hoje não. Não estou preparada para falar "semi-racionalmente" do assunto.
Só vos digo que vómitos têm existido em quantidade quase insuportável.
Mas eu não sou pêra doce e não entrego assim os pontos.
Cá me mantenho firme nesta luta. Talvez por todos aqueles que gostam de mim... Mas certamente que me mantenho por mim própria porque mereço saborear toda a felicidade que (acredito) ainda está reservada para mim.

E tem sido assim os últimos dias: entre o muito bom de fazer as coisas que mais gosto e estar com aqueles que são importantes para mim; e o péssimo de me sentir com vómitos de dois em dois segundos.

Sabem que mais? Hei-de sobreviver!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Não tenho tido tempo para nada. Desde quinta-feira que ando de um lado para o outro o dia todo e a noite também. Quase não tenho tempo para descansar.
Mas tenho andado bem. Desde quinta-feira que não tenho vómitos. E isso é bom, muito bom.

sábado, 8 de agosto de 2009

Continua o Progresso :-)

Uma semana "alucinante não recomendada a adultos", como já diria alguém.
Tanto para fazer e dizer e tanta coisa continua calada.
No início da semana tive mais uma consulta. E mais uma vez, a sensação que trago proporciona-me anos e anos de vida.
E o resto da semana foi passado com imensos vómitos, correria, fastio e amigas doentes. :(
Sobrevivi!
A cada dia que passa tenho mais certeza de que um dia, tudo será mais fácil do que hoje. Mas não tenho pressa, porque estes são dias bem mais fáceis que o início.
Se vou ter recaídas? Vou, certamente. Mas também sei que vou levantar-me com mais facilidade e com mais vontade de viver.

sábado, 1 de agosto de 2009

Mais uma etapa...

Não me lembro se já disse que eu tenho muito medo de vomitar. Ninguém gosta, é certo. É uma sensação mesmo muito má.
Mas eu não consigo vomitar com muita facilidade. Por isso, quando começo a sentir-me enjoada seja por que motivo for, começo a tremer e a suar e não consigo estar parada. a seguir vem a crise de choro e depois o normal é nem vomitar. Bebo água, bebo chá, masco pastilhas elásticas, molho a cara e o pescoço... É um verdadeiro filme.
Pois hoje o dia começou assim. Contando também com algumas tonturas e pronto tinha o caldo entornado. Hoje foi um bocadinho diferente. Custou muito a passar mas não houve choro.
Já não encaro o vomitar como uma sentença e morte. Ainda assim, "stressei" um pouco". Mas isto é como os "Alcoólicos Anónimos": "um dia de cada vez..." e vencer cada etapa.
Um dia, cortarei a meta e continuarei o meu caminho.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A semana ...

Estes últimos dias têm sido mesmo muito esquisitos.
Ando sozinha muito tempo, ando nervosa com tudo.
Precisava de férias e pensar que já tudo passou. Mas não posso, tenho de enfrentar o que aí vem.
Tenho feito algumas coisas e outras não tenho conseguido.
Paciência, também não tenho de ser uma Super-Mulher.
Há semanas que preferia riscar da minha vida. Uma delas é esta que começou tão bem e está a custar tanto acabar.
Esta ansiedade um dia "mata-me".

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Incomoda-me...

Incomoda-me o silêncio em casa quando chego. Incomoda-me ficar sozinha quando a noite cai. Incomoda-me a solidão e saber que pouco ou nada posso fazer para mudar isso.
Incomoda-me mas não me mata.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bad Day

Ontem foi um dia mau. Muito muito mau.
Aprendi que vou ter momentos de profunda tristeza e que o facto das coisas não acontecerem quando eu quero, não significa que não vão acontecer nunca.
Apenas sei que um dia acontecerão. O problema é que nesse dia podem já não significar nada para mim.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

No limite...

Se disser que estou a chorar há horas e horas, há alguém que acredite? É que hoje não consigo chorar e ficar mais leve.
Hoje está muito difícil e já não me sentia assim desde o início do blog.
Estou completamente perdida.
Estou a perder as poucas forças que me restam.
Até tenho medo do que vem aí. Do que farei. Não queria isolar-me porque sei que será o pior que poderei fazer.
Esta angústia não passa.
Hoje é o pior dia desde que comecei as consultas. Parece que estou outra vez no mesmo ponto. E dói tanto isto! Custa mesmo mesmo muito.
Eu até posso ser má muitas vezes, mas este sofrimento não desejo aos meus piores inimigos. Mas há alguém por aí que me compreenda? Que perceba que não estou assim porque quero?
Que não consigo enfrentar o mundo?
Que custa tanto perceber que amanhã será um dia normal para uns, magnífico para outros e horrível para outros tantos como eu?
Quero gritar e chorar muito. E mesmo isso não ajuda, não resolve. Não resulta.
Não tenho mais forças; eu tentei. Eu juro que tentei por todos aqueles que mais gostavam de mim. Mas já não dá mais. Já não aguento mais.
Já não sei se quero ajuda. Já não sei se consigo suportar mais.
Hoje é tudo mau demais.