segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O dia-a-da no corre-corre

Mais uma ausência prolongada. A verdade é que não têm existido alterações quanto aos últimos dias.
Tenho andado ao rubro, sempre a correr para todo o lado, sempre stressada, sempre a tentar fazer mil e uma coisas.
Não tenho sentido crises. Mas sinto os sintomas da ansiedade todos os dias. É a taquicardia, é preocupação com tudo, é o medo do incerto, do futuro, de estar sozinha, de não ter emprego, de não ter dinheiro, de perder os amigos porque não lhes dedico muito tempo, enfim... Medo até que as pessoas gostem de mim e eu não saiba retribuir esse sentimento.
Não é que eu considere que não sou digna desse carinho, o meu medo é não saber retribuir, não conseguir expressar que essas pessoas também fazem parte do meu coração.
Ando a ficar cansada. Não tanto desmotivada mas casada porque queria um dia que fosse para pegar no cobertor e ficar no sofá a ver tv sem me preocupar com o trabalho, com a tese (que não faço há mais de um mês).
Não tenho saído para caminhar, fazer desporto e ouvir música. Não tenho ido ao ginásio. Não tenho ido ao café ler o jornal nem tenho ido sequer à esplanada (embora as condições atmosféricas não ajudem). Não tenho ido ao centro comercial sem ser para trabalhar. Passo horas e horas sozinha. Não me assusta mas estou farta.
Ou seja, não tenho procurado momentos felizes, ando sempre stressada e inquieta. Ou é porque não vejo perspectivas de futuro ou porque tenho e não sei escolher. Nunca fui boa a tomar decisões.
E por hoje é isto. Preciso de um intervalo e pensar que pelo menos um dia na semana é meu. Um momento do dia é meu. Preciso de me ouvir a mim própria.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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Hoje vou chorar.
Perceber que não vale a pena tanto esforço. Deixar que a vida decida por mim porque eu já não quero mais decidir.
Estou farta. Estou triste. Estou cansada.

domingo, 8 de novembro de 2009

"É Assim a Vida"

Ultimamente voltei a ter algumas crises de ansiedade. Diminuíram bastante em dimensão mas continuam presentes.
Às vezes são difíceis de suportar. Procuro os planos mas não resultam. Não voltei ao extremo de abandonar sítios ou ir para o hospital. Em contrapartida, tenho andado assim muitas vezes.
É esta incerteza quanto a tudo. Quanto ao futuro, quanto aos passos que tenho dado, quanto à sobrevivência que tenho questionado bastante.
Dá vontade de enterrar a cabeça na areia e deixar tudo para trás. Abandonar uma luta de anos que exige esforço a triplicar. Não queria mas talvez seja precisamente esse o caminho.
A luta continua e o caminho está cada vez mais íngreme. Mas há muito que aprendi que mesmo que a vida me faça dar dois passos atrás, tudo acontece por alguma razão.
Um dia vou entendê-la ou encará-la apenas como: "É assim a vida..."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sempre a loga Caminhada...

Desde que vos contei o meu mau-estar há dois post atrás, tenho sentido várias pequenas indisposições.
Já não sei definir se é ansiedade visto que à minha colega de trabalho aconteceu o mesmo duas vezes esta semana. Já não sei se é algo com o sítio, algo que nos faz alergia, que nos deixa assim. Não faço a mínima ideia.
A verdade é que eu associo logo à ansiedade. E tento não ligar. Procuro a estratégia da distracção. Mas às vezes fica tão difícil de esconder que estou a sentir-me mal. E então surge uma espécie de voz dentro de mim que me diz que já ultrapassei crises maiores; não vai ser esta que me vai desanimar.
Dá vontade de fugir pra a rua e correr à chuva e gritar muito e chorar até não poder mais. Porque sei que depois disto, sentir-me-ia muito melhor.
Mas não faço nada disto. Concentro-me apenas em acreditar que se trata apenas de uma indisposição, caminho um pouco pelo sítio onde estou, respiro fundo algumas vezes. Mas nem sempre é fácil.
E alguma vez alguém disse que seria?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Here We Go Again!

Há bocado saí de mais uma consulta. Andei a adiar por motivos profissionais e foi um grande erro. Não que me sentisse asfixiada com a falta de consultas mas precisava de falar sobre algumas coisas e ouvir um feedback.
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Mas acho que nesta consulta queria dizer à Drª o que eu não consegui: que se estou bem profissionalmente, é a ela que devo isso.
Até pode ser pelo meu empenho mas de que me servia o meu empenho se eu não acreditava nas minhas capacidades? Quantas consultas foram necessárias para que eu começasse a enviar CV?
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Eu sei que muitas pessoas defendem que a força está em nós, que nós temos os recursos para trilhar o nosso caminho e vencer o desânimo e a insegurança. Eu concordo. No entanto, há alturas em que nos sentimos tão perdidos que não há volta a dar, não sabemos onde procurar esses recursos. E teve mesmo de ser a Drª a ajudar. E depois de me dizer o que devia fazer e entender o que me paralisava, esteve sempre a incentivar-me na luta.
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Não poderei defender que estou bem. Não se trata disso. Acho que em termos de insegurança melhorei um bocadinho. Já em termos de auto-estima melhorei muito. Sinto-me muito melhor comigo própria e isso reflecte-se, acho eu.
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Continuo a ter a mesma sensção de bem-estar quando saio das consultas. No final, falei com a Drª porque acho que é altura de tocar em feridas do passado que me impedem de querer viver e acreditar no amor. Não deixo que ninguém se aproxime de mim. E não quero ser assim eternamente.
Acho que há mais uma luta para iniciar...
Here we go again!

Um Mau Momento

Eu continuo a lutar para controlar a ansiedade. No Sábado senti-me mal. Estava muito calor no meu local de trabalho. E o que fiz eu? Procurei estratégias, embora o meu primeiro pensamento fosse, de facto, "catastrofista": «Se eu desmaio aqui, ninguém me encontra». Mas não paralisei.
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Sentia calor, as pernas a tremer, as mãos a suar. Via tudo desfocado. Estava a sentir um peso no estômago. De 0 a 100 senti uma tensão de 70. Pensei mesmo que ia vomitar ou desmaiar ou que se estava a passar qualquer coisa errada comigo.
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Solução: ir à casa-de-banho. Mas seria correcto fechar a loja nem que fosse por minutos? Pensei que eu estava a sentir-me mal, não era para ir tomar café com uma amiga. Logo, era uma emergência. Decidi então sair da loja. Lembrei-me que a minha chave não abre a porta! «ai e agora?! Estou tramada!» Outro plano: pedi à menina da loja em frente que tomasse conta da loja porque não estava a sentir-me bem. Fui a correr à casa-de-banho molhar a cara, os pulsos e trazer as mãos molhadas. Passei no café e pedi um pacote de açúcar.
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Voltei para a loja, e o mau estar demorou a passar. Já com o ar condicionado ligado, sentei-me, bebi água e engoli o pacote de açúcar.
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Aos poucos comecei a ficar melhor. Meia hora depois já não havia sinal de tonturas nem visão turva. Continuava a sensação de náuseas. Porque esta situação despertou ansiedade em mim. Acho que não foi uma crise de ansiedade porque os pensamentos não precederam o mau-estar. Mas agravaram essa má sensação quando me lembrei que podia sentir-me mal e ninguém estava perto para me socorrer.
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Apesar de tudo, não entrei em pânico e, felizmente tudo se resolveu.
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Alguém detecta mudanças desta situação para outras anteriores em que a sentia a minha saúde presa por um fio?

sábado, 10 de outubro de 2009

Sempre a Ansiedade... Um dia hei-de superá-la

Mais uma longa ausência, um pouco pela falta de tempo mas essencialmente pela desmotivação por escrever aqui.
Não me perguntem por quê, mas sinto que ando mais positiva, não tão "catastrofista" e já não encaro o erro como o final do mundo.
Não posso dizer que nunca tenha maus momentos. Há alturas que sinto o mesmo descontentamento por não ser perfeita: não ter dinheiro (não ser rica, entenda-se), não ter 1,80m (no mínimo), não ter uma casa própria ou um emprego estável. Às vezes, a insegurança fala mais alto, sinto-me inquieta com novas tarefas. A diferença é que não deixo que isso me impeça de fazer o que me pedem; não me impede de ser feliz com o pouco que tenho que, na verdade é o essencial para que eu me sinta feliz. Por isso, encaro como momentos maus, tal como toda a gente tem.
Há uma coisa que ainda não sei controlar muito bem: a minha ansiedade e o meu medo de vomitar. Já não tenho crises de ansiedade há um mês, embora me sinta ansiosa quase todos os dias. Não deixo que isso me impeça de fazer o que quero e o que tenho de fazer.
Acho que tenho andado melhor porque tenho o tempo muito ocupado, tenho dois trabalhos e uma tese para acabar.
Agora é que eu consigo ter a certeza de que devia ter dado tudo por tudo na tese antes de começar a trabalhar. Agora é muito complicado chegar a casa depois do trabalho e ainda ter de continuar em frente ao pc. Pensar mais um bocadinho e dormir menos.
Tenho feito muito mais do que quando não tinha nenhuma ocupação. O problema é que não tenho tempo de saír e conviver. E isso faz-me muita falta.
Um dia hei-de superar. :-)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Escrevendo nos dia-a-dia

Mais uma ausência prolongada. Não é por falta de tempo embora tenha muito menos agora. É mesmo por não ter o que dizer aqui além do normal: stress com a tese e ansiedade ao rubro!
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Até aqui nada de novo. A novidade é que trabalho numa loja e estou a iniciar uma espécie de "estágio" na minha área. É muito bom mesmo.
Sempre ouvi dizer que as coisas não acontecem quando queremos, acontecem quando têm de acontecer. Mas às vezes custa tanto... O desânimo é imenso e a frustração costuma falar mais alto nessa altura.
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Não tenho adiantado muito a tese, infelizmente. Não tenho feito metade do que eu pretendia. Mas hei-de conseguir. Tento encarar o dia a dia como uma nova oportunidade que a vida me dá para a aproveitar. Ainda fico muito nervosa com certas experiências novas. Mas encaro de frente porque, aconteça o que acontecer, tenho de arriscar! Porque é precisamente disto que me vou orgulhar quando numerar as páginas da minha vida. Não serão os dias que fiquei sem fazer nada que me vão alegrar ou confortar. Pelo contrário, de cada vez que rejeito algo por receio é quase insuportável a desilusão comigo própria.
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Por isso, não desisto. Não me atiro de cabeça mas também não desisto. Vim até aqui e continuo a viver, por isso, ainda tenho muito que escrever num lado mais escuro ou noutro mais claro. Não importa. Seja onde for, o importante é ter as páginas do coração recheadas de palavras, de sorrisos, de sentimentos que nos deixam a sorrir. Páginas que não sirvam de exemplo de uma vida perfeita mas de uma vida que foi aproveitada. E efectivamente vivida.

sábado, 12 de setembro de 2009

"Não julguem, tentem compreender..."

As partidas que mais nos custam são aquelas que acontecem sem aviso prévio. Um estúpido acidente, um suicídio, uma doença que emerge do nada como um ataque cardíaco ou um AVC.

Partidas anunciadas permitem-nos preparar a dor. Ou pelo menos tentar porque a experiência diz-me que nunca chegamos a preparar-nos totalmente. E quando a bomba rebenta entendemos que a esperança falava sempre mais alto.
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Isto tudo para dizer que nós nunca escolhemos o caminho para a morte. Das três uma: ou os problemas de saúde surgem, ou os acidentes acontecem ou os obstáculos se tornam tão insuportáveis que só queremos algo que alivie, nem que amanhã venhamos a sofrer com isso.

Sei do que falo. Tantas vezes pensei consumir drogas (comprimidos anti-depressivos, calmantes bla bla bla... chamem-lhes o que quiserem ou drogas mesmo a sério, tipo daquelas que não nos deixassem pensar em nada), pensei beber até ficar em coma, pensei mil e uma coisas. Queria algo que acalmasse todo o sofrimento de tantos dias seguidos. De um desespero desmedido. De um "não aguento mais"...
A sorte?! A sorte foi ter pessoas que me seguraram as mãos, que me deram estalos e me obrigaram a levantar a cabeça e aprender o significado desta frase: "Venha o que vier, nada será maior do que a minha alma." (Fernando Pessoa)
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De fácil este caminho não tem nada. O calvário vem muito longe do início deste blog.
Agora eu questiono-me: "E se eu não tivesse amigos?", "Se tivesse problemas de saúde mais graves?", "Se tivesse morrido mais do que uma das pessoas que mais amo?", "Se eu tivesse seguido outro caminho que não o de pedir ajuda e do «eu sei que consigo»?!"
Aí teria escolhido o meu caminho para a morte, dizem vocês. Eu digo que teria escolhido o caminho para o alívio de tão grande dor, nem que fosse apenas momentâneo.
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Sabem o que dói mais quando assistimos à degradação daqueles que mais amamos? É ver que o que eles consideram salvação, quem está de fora entende como abismo. Não é fácil e custa muito.
Se calhar nunca disse que uma amiga se suicidou quando eu tinha 14 anos e que eu a detestei mais do que tudo, por uma atitude tão egoísta. Ela tinha 16 anos e aos nossos olhos transparecia uma vida perfeita. Lembro-me que ela me pediu para eu fazer 800 km para passar férias com ela. Fui. Nos últimos dias estive com ela. Nunca me apercebi de nada. As últimas duas horas passámo-las na praia a ver as ondas e a sorrir. (Deve ser por isso que não gosto muito de praia) Abraçou-me com tanta força que parecia que era o abraço de que mais necessitava (ou sou eu que agora interpreto assim).
Cheguei a casa e em 15 minutos tudo aconteceu.
"J. Tens de ser forte. A C. atirou-se do 13º andar..." Nunca mais esquecerei estas palavras. Eu fui de tão longe para vê-la morrer.
Na carta que me deixou, ela escreveu entre outras palavras: "És pequenina mas muito forte. E eu estarei sempre contigo. (...) Que nunca sintas tão grande desespero. «Não julgues, tenta compreender.»"
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Não compreendi e julguei-a de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Acho que cheguei a odiá-la. Apetecia-me ir ao caixão e esganá-la e esbofeteá-la tanto... Depois caí em mim e percebi que queria apenas recuar no tempo e dizer-lhe que a amo e que a vida é linda. Que ela era magnífica, que eu estaria com ela no matter what, e pedia-lhe, por favor, que não me deixasse.

Era tudo inútil. Não sei o que acalmava mais: julgá-la ou julgar-me a mim própria por não ter estado mais presente, mais atenta, mais carinhosa. Eu adorava aquela miúda e sabem quantas vezes lhe disse isso? NENHUMAAAAAA!
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Hoje, compreendo-a. Acho que a vida me "castigou" porque nunca planeei um suicídio mas já senti vontade de morrer. De deixar de existir. Ou de viver em stand-by. Aí lembrei-me do que sofri com a atitude dela. E o que me ajudou quando estava sem rumo foi pensar que, podiam ser poucos os meus amigos mas não mereciam isso. E muito menos os meus pais que viram dois filhos morrerem.
Custou tanto. Juro-vos que sim. Por isso, eu não julgo. São pessoas que não encontram outra saída porque um suicídio ou a entrada no mundo da droga nunca é a primeira solução que procuram. O desespero é imenso. Quem os ama sofre com eles mas nunca mais do que eles. Por isso encaro a atitude deles (principalmente os suicídios) como um acto de desespero e não como um acto de cobardia. É um acto de quem considera que não tem mais nada para viver e não suporta todo o sofrimento que o tolda.
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Hoje sei bem o significado de "Não julguem, tenta compreender..."
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À C. que esteja onde estiver saiba que a vida me ensinou a compreender mas também me ensinou a lutar, porque os nossos problemas não tinham sequer comparação. A vida foi muito mais generosa comigo do que contigo, apesar de tudo.
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À L. que com uma simples expressão me despertou o turbilhão destas emoções das quais nunca falei. Por maior que seja a nossa revolta por tudo o que acontece a quem amamos, pelas injustiças e obstáculos que a vida lhes colocou, acredita que o desespero deles falou mais alto... Temos de os desculpar porque quando o fazemos fica mais fácil aceitar que partiram cedo de mais e injustamente. Quando tinham ainda tanto por viver... E isto dói muito. Muito.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As palavrinhas que descobri agora...

... no hi5 de uma pessoa que conheci durante o estágio. Desconheço se foi ela que as escreveu ou se retirou de um qualquer livro. Amei.
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"Ao longo da nossa vida temos muitas portas que nela existem, cabe-nos a nós escolhe-las e descobri-las...cada uma a seu tempo...
Porta fechada porque tranquei e selei todas as portas a quem não merece o meu apreço, a quem não merece um sorriso nem um bom dia quando é falso, cínico, e fala daquilo que já não sabe, ou fala erradamente porque a memória é curta, porque nós só somos bons enquanto sorrimos, passamos a maus quando viramos costas...na vida é sempre assim, enquanto sou viva sou má, um dia quando morrer choram lágrimas e dizem o cliché... "era tão boa pessoa, gostava tanto dela", não conheço nenhum morto que tenha sido má pessoa, por curioso que pareça... subitamente todos nós vamos para o céu...
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Tanto faz, esses remoinhos não fazem tempestade no meu mar, descobri isso numa porta secreta que todos nós devíamos descobrir once in a while... existem portas em que nunca pensamos entrar, e quando o fazemos, descobrimos o essencial... NÓS... nesta porta secreta descobri a liberdade, o respirar fundo, a harmonia e tranquilidade, a paz de espírito, o amor próprio, o sorriso e o amigo...já há 3 anos que não sabia o que era isto... nada nos parece tão claro como quando entramos neste mundo, vejo melhor o amigo, o "eu" e tudo o que me rodeia... sabes o que queres e o que não queres e não sorris a ninguém que não te apeteça passamos a ser directos e quando nos magoam não nos escondemos no canto a chorar... estava farta de sorrir e ser politicamente correcta com aqueles que nas minhas costas falavam e agiam... quanto mais te esforças menos vontade tens.... tudo isso desapareceu como uma nuvem de fumo, tudo isso deixou de ser uma corrente de prisioneiro no meu pé... quando somos nós próprios tem muito mais sabor, quando voltamos a nós olhamos para trás e pensamos que sofremos por estupidez,não fomos feitos para agradar a ninguém nem somos robots para sermos criados a imagem de.... somos nós mesmos, e é isso o mais importante... quem gosta de nós estará sempre por perto, é nesses momentos que sabemos quem é quem...
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Porta entreaberta,escolho deixa-la assim porque nem tanto ao mar nem tanto á terra, existe alguém por ai que me ama, conheço uns quantos para além do meu pai e da minha mãe,lol, acredito que ainda haja quem pense como eu, não se pode generalizar...acredito que hajam pessoas que saibam apreciam o genuíno... e atenção que quando falo em genuíno refiro-me a,como diz uma certa musica "I am my own special criation"... ninguém é perfeito se assim fosse não seriamos humanos, o essencial para mim é saúde, vida, família e amigos... esta é a minha chave de ouro, e quem é especial para mim tem sempre um lugar no meu coração e tudo farei por eles...tudo dou, tudo sou, mas aquilo que mais quero ser... é feliz!"

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Haja Pensamento Positivo

Sei que devo muitas palavrinhas aqui neste lado escuro. Não posso dizer que tenho estado bem e que é precisamente por isso que não escrevo aqui. Isso não é verdade.
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A verdade é que não consigo ter pensamentos catastrofistas do género: "nunca nada na minha vida se resolverá de forma a proporcionar-me alguma felicidade" ou "nunca arranjarei um emprego no qual me sinta bem" ou "nunca vou conseguir amar nenhum rapaz só porque no passado me magoei muito"...
Penso sim na incerteza que é o futuro. Ainda não consegui arranjar melhor estratégia para ultrapassar o medo de não ter certezas. Estou claramente a falar de emprego. Mas como ainda não sei bem como controlar esta angústia, vou tentando pensar o menos possível e vivendo um dia de cada vez...
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Vou escrevendo a minha tese. Em dois meses escrevi um parágrafo mas agora sei que vou ter de esforçar-me a sério: deixar de lado o desânimo, a insegurança e tudo o que me distraia. Preciso de concentração e sobretudo motivação. Vou tentar um tudo por tudo e sabem que mais? Vou conseguir. Tenho de conseguir porque se desistisse jamais me perdoaria.
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Mudança de pensamento é coisa óbvia na minha pessoa, ultimamente. E a forma como a vida me retribui ou a forma como eu encaro as coisas que me acontecem também é muito mais positiva. Sinto que cultivo cada vez mais amigos e expresso o meu carinho por eles sempre que posso. Da parte deles sinto maior disponibilidade e tolerância quanto aos meus piores momentos.
Sabem por quê? Porque perceberam que eu estou a esforçar-me, que já se notam mudanças, que estou mais receptiva à felicidade e não estou a pensar nos problemas 24h por dia e principalmente quando estou com eles. Já não tenho o discurso de vítima, de "desgraçadinha" que embora fosse o que eu sentia, já ninguém conseguia aguentar por muito tempo.
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Na noite passada tive uma crise de choro. Daquelas de roubar ao nosso organismo todas as réstias de lágrimas que ele possuía. Falei de tudo, chorei, gritei e perguntei por quê.
Mas em cada lágrima, corria também pela minha face a certeza de que um dia a vida encarregar-se-ia de limpar aqueles dissabores, aquelas incertezas.
Sim, tenho destes momentos. E são eles que me relembram aquilo de que falamos nas consultas: a construção de novos pensamentos que refutem os que me deixam mal. Ou questionar se determinado pensamento tem razão de existir. Tenho concluído que muito deles não valem a pena. Servem apenas para sofrer sem razão nenhuma.
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Continuo a ter momentos em que a ansiedade me perturba imenso. Não me esqueço do que prometi no post anterior mas hoje não me apetece falar de coisas tão específicas que sinto. Esta continua a ser a pedra no meu sapato. Mas tenho fé. E tenho treinado estratégias para contornar o problema. Não é fácil mas mesmo aqui já não perco o controlo da situação (a esmagadora maioria das vezes).
Um dia também hei-de ficar melhor neste aspecto.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Montanha Russa Da Minha Vida

Posso dizer que os últimos dias não têm sido fáceis. Mas também não há sinal para alarme ou para dramatizar.

Um dia, com mais calma, vou explicar direitinho o que sinto e como gosto que as pessoas se comportem comigo quando me sinto pior. Porque tenho observado que a indiferença de uns contrasta com a preocupação de outros.
Acho que devo a estes últimos uma explicação.. Mas hoje não. Não estou preparada para falar "semi-racionalmente" do assunto.
Só vos digo que vómitos têm existido em quantidade quase insuportável.
Mas eu não sou pêra doce e não entrego assim os pontos.
Cá me mantenho firme nesta luta. Talvez por todos aqueles que gostam de mim... Mas certamente que me mantenho por mim própria porque mereço saborear toda a felicidade que (acredito) ainda está reservada para mim.

E tem sido assim os últimos dias: entre o muito bom de fazer as coisas que mais gosto e estar com aqueles que são importantes para mim; e o péssimo de me sentir com vómitos de dois em dois segundos.

Sabem que mais? Hei-de sobreviver!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Não tenho tido tempo para nada. Desde quinta-feira que ando de um lado para o outro o dia todo e a noite também. Quase não tenho tempo para descansar.
Mas tenho andado bem. Desde quinta-feira que não tenho vómitos. E isso é bom, muito bom.

sábado, 8 de agosto de 2009

Continua o Progresso :-)

Uma semana "alucinante não recomendada a adultos", como já diria alguém.
Tanto para fazer e dizer e tanta coisa continua calada.
No início da semana tive mais uma consulta. E mais uma vez, a sensação que trago proporciona-me anos e anos de vida.
E o resto da semana foi passado com imensos vómitos, correria, fastio e amigas doentes. :(
Sobrevivi!
A cada dia que passa tenho mais certeza de que um dia, tudo será mais fácil do que hoje. Mas não tenho pressa, porque estes são dias bem mais fáceis que o início.
Se vou ter recaídas? Vou, certamente. Mas também sei que vou levantar-me com mais facilidade e com mais vontade de viver.

sábado, 1 de agosto de 2009

Mais uma etapa...

Não me lembro se já disse que eu tenho muito medo de vomitar. Ninguém gosta, é certo. É uma sensação mesmo muito má.
Mas eu não consigo vomitar com muita facilidade. Por isso, quando começo a sentir-me enjoada seja por que motivo for, começo a tremer e a suar e não consigo estar parada. a seguir vem a crise de choro e depois o normal é nem vomitar. Bebo água, bebo chá, masco pastilhas elásticas, molho a cara e o pescoço... É um verdadeiro filme.
Pois hoje o dia começou assim. Contando também com algumas tonturas e pronto tinha o caldo entornado. Hoje foi um bocadinho diferente. Custou muito a passar mas não houve choro.
Já não encaro o vomitar como uma sentença e morte. Ainda assim, "stressei" um pouco". Mas isto é como os "Alcoólicos Anónimos": "um dia de cada vez..." e vencer cada etapa.
Um dia, cortarei a meta e continuarei o meu caminho.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A semana ...

Estes últimos dias têm sido mesmo muito esquisitos.
Ando sozinha muito tempo, ando nervosa com tudo.
Precisava de férias e pensar que já tudo passou. Mas não posso, tenho de enfrentar o que aí vem.
Tenho feito algumas coisas e outras não tenho conseguido.
Paciência, também não tenho de ser uma Super-Mulher.
Há semanas que preferia riscar da minha vida. Uma delas é esta que começou tão bem e está a custar tanto acabar.
Esta ansiedade um dia "mata-me".

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Incomoda-me...

Incomoda-me o silêncio em casa quando chego. Incomoda-me ficar sozinha quando a noite cai. Incomoda-me a solidão e saber que pouco ou nada posso fazer para mudar isso.
Incomoda-me mas não me mata.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bad Day

Ontem foi um dia mau. Muito muito mau.
Aprendi que vou ter momentos de profunda tristeza e que o facto das coisas não acontecerem quando eu quero, não significa que não vão acontecer nunca.
Apenas sei que um dia acontecerão. O problema é que nesse dia podem já não significar nada para mim.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

No limite...

Se disser que estou a chorar há horas e horas, há alguém que acredite? É que hoje não consigo chorar e ficar mais leve.
Hoje está muito difícil e já não me sentia assim desde o início do blog.
Estou completamente perdida.
Estou a perder as poucas forças que me restam.
Até tenho medo do que vem aí. Do que farei. Não queria isolar-me porque sei que será o pior que poderei fazer.
Esta angústia não passa.
Hoje é o pior dia desde que comecei as consultas. Parece que estou outra vez no mesmo ponto. E dói tanto isto! Custa mesmo mesmo muito.
Eu até posso ser má muitas vezes, mas este sofrimento não desejo aos meus piores inimigos. Mas há alguém por aí que me compreenda? Que perceba que não estou assim porque quero?
Que não consigo enfrentar o mundo?
Que custa tanto perceber que amanhã será um dia normal para uns, magnífico para outros e horrível para outros tantos como eu?
Quero gritar e chorar muito. E mesmo isso não ajuda, não resolve. Não resulta.
Não tenho mais forças; eu tentei. Eu juro que tentei por todos aqueles que mais gostavam de mim. Mas já não dá mais. Já não aguento mais.
Já não sei se quero ajuda. Já não sei se consigo suportar mais.
Hoje é tudo mau demais.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Libertar as Lágrimas

Hoje não queria fazer nada. Apenas ficar deitada no sofá a ver a chuva cair e chorar muito. E soluçar se necessário. Deixar que as lágrimas rolassem pela minha face continuamente.
Não aconteceu nada. Não perdi nada. Não me desiludi com nada. Não me senti sozinha no mundo.
Podia dizer que não tenho motivos para me sentir assim. Mas apeteceu-me chorar e pronto. Chorei muito. E sabem que mais? Estou muito melhor.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Tudo Acaba por se Resolver

Hoje tenho aquela sensação de que tudo acabará por dar certo.
Estou a falar de emprego, entenda-se.
Porque o resto depende apenas de mim. E eu não tenho dúvidas de que vou mesmo conseguir.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

É incrível...

... como tendo tudo o que quero ainda me sinto desmotivada e à espera de mais coisas.
Como eu gostava que não fosse assim.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fugir não é solução

Hoje foi dia de consulta.
E estou bem, como sempre que saio de lá.
E a respeito de ontem, quando temos uma nuvem negra, mesmo muito negra a querer desabar em cima de nós, a solução é conversar, desabafar e deitar tudo cá para fora.
Mesmo que o que tenhamos para dizer nos saia directamente da pior parte de nós. Por muita vergonha, desconforto, revolta que nos domine. Com a pessoa certa, devemos falar abertamente.
O fardo fica bem mais leve, acreditem. E nunca nada é tão mau quanto parece à primeira vista. E há coisas que passados anos ainda nos impedem de viver certas coisas. Mas um dia isso ficará para trás.
Enfrentar é a solução. Fugir não resolve, não apazigua, não traz calma e serenidade para sermos felizes. Fugir magoa, aumenta a pressão e não é mesmo o melhor caminho. Ainda que por vezes seja o mais fácil...
À minha J., amiga, confidente, querida que me dá toda a atenção do mundo e me faz perceber que nunca estou sozinha.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sabem quando nós sentimos uma revolta tão grande, mas tão grande que só apetece chorar e gritar muito alto?
Quando nos apetece ficar dentro da banheira cheia de água e ainda com mais água do chuveiro e ficar ali a chorar muito, muito, muito tempo?
Quando queremos apertar os joelhos contra o peito com muita força ansiando que tudo o que sentimos fosse apenas um sonho mau?
Ai quem me dera poder gritar e gritar muito. Chorar e soluçar até ficar sem forças.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Logo Hoje...

Às vezes o silêncio custa tanto.
Mais do que a pior das palavras.
Às vezes, a vida adormece. Como se tudo à nossa volta esmorecesse.
Estou triste com tudo e com nada.
Com as pessoas todas e com ninguém.
Comigo e não comigo.
Estou desanimada e ansiosa com a consulta de amanhã. E se estiver algo errado comigo, quero conseguir olhar ao espelho e pensar que vou ultrapassar.
Hoje, quando mais preciso de apoio, estou outra vez sem ninguém. Logo hoje.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Hei-de Sobreviver

Estou mesmo cansadinha de aguentar estes dias.
Sábado, Domingo e segunda foram dias um pouco complicados (para não dizer um verdadeiro teste à minha paciência).


Hei-de sobreviver. Sei que sim.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Surpreendida pela vida

"Sinto saudades!!! Sinto saudades do que acontecia...
das conversas, das discussões repentinas, gargalhadas gostosas, abraços apertados, risos sem graça,
choros desesperados... Dizíamos frases feitas, mais no fundo eram mais
que verdade... Não tínhamos medo da má interpretação dos outros. Para nós o que
importa é o que sentíamos uns pelos outros... Mesmo que as pessoas mudem e suas
vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não
tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Boas
lembranças, são importantes, e o que é importante nunca se esquece! Uma grande
amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim!"
Hoje o meu queixo caiu. Por esta não esperava eu. Passei imenso tempo a dizer que uma grande amiga minha tinha deixado de o ser, que tinha mudado, que as nossas vidas mudaram e que ela agora não gostava mais de mim. E doía quando pensava nisto. Especificamente nesta amiga.
Hoje fiquei sem reacção e as lágrimas cobriram a minha cara quando ela me deixou esta mensagem. Diz ela que não é da autoria dela, mas o que importa isso? Se me enviou esta mensagem foi porque algo lhe despertou a memória para outros tempos. E eu podia jurar a pés juntos que tinha sido ela a escrever porque se adequa na perfeição.
Hoje fui surpreendida pela vida... E sinceramente tens razão: "Gosto de ti até à Lua!" independentemente do tempo, das mudanças e da distância.
Que nostalgia...
E isto serve apenas para perceber que as coisas não acontecem no momento que queremos. E há pessoas que são incapazes de nos dizer que gostam de nós todos os dias.
Ou somos nós que não percebemos o que nos querem dizer quando o fazem por outras palavras. E eu sou muito assim. Depois de tanto tempo, fui mesmo surpreendida pela vida!

domingo, 12 de julho de 2009

Estou farta, fartinha!

Há coisas que nunca consegui compreender.
Se eu escolhi um determinado tipo de vida diferente, por que razão tenho eu de deixar de fazer o que mais gosto se são sacrifícios que eu não estou disposta a correr?
Mas por que raio é que ainda não compreenderam isso? Passo o raio da semana quase sozinha, na maior parte do tempo, e quando posso desanuviar fazem-me isto? Só para poderem seguir as suas vidinhas?
Então e eu? Eu que não fui por aí porque não queria fazer esses sacrifícios, tenho de ser eu a levar com as consequências dos vossos actos?
Tenham paciência mas eu estou a dar o nó! É que os meus erros vivo-os eu, não peço sacrifícios aos outros!
(Salvo a minha mãe que é a pessoa que mais se sacrifica por mim e não está incluída neste post)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desânimo

Hoje não queria acordar. Não queria pôr-me a pé.
Queria ficar esquecida no meu quarto, como se isso adiantasse alguma coisa.
Mas é nestas alturas que devemos contrariar-nos com todas as nossas forças. E foi exactamente isso que fiz.
E quando o desânimo parecia ser insuperável voltei a contrariar. E mais uma vez, acabei por ficar muito mais "leve" por ter saído de casa.
Começam a ser raros mas ainda tenho dias assim.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Isto partiu-me o coração

Esta mais do que a próxima. Doeu qualquer coisa aqui dentro do meu peito. Queimou mesmo.
Uma resposta ao meu CV em menos de dez minutos!
(Só enviei cinco, vá...)
Tenho de ficar feliz com estas pequenas coisa que não querem dizer nada.

Depois do Gin...

Ontem lá contrariei o corpo e, apesar de toda a melancolia, fui caminhar.
Hoje, o desânimo continuava. E eu continuei também a fazer-lhe frente. Até por ir ao ginásio fiquei nervosa, imaginem. Mesmo assim, lá fui eu para a aula de aereomaster (ou lá como se chama).
Acreditem que me fez mesmo muito bem. No início foi tipo aeróbica e depois algo parecido com GAP. Depois disto ainda fui caminhar com uma amiga mais uns 3 km. Decididamente, hoje parti-me toda. Nem quero pensar no dia de amanhã. Mas que me sinto muito bem, sinto. Cansada, é certo, mas mais relaxada.
Quero tentar ir todas as semanas, mas quando não tenho horários fixos, já sei como é. Adio, adio e não vou.
Tentarei contrariar-me ao máximo. Tenho mesmo de conseguir! Custe o que custar porque faz mesmo bem. Além disso, não é que eu queira emagrecer mais, mas preciso tonificar estes músculos que mais parecem gelatina.
E vou dormir que estou a precisar!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Triste

Estou triste, muito triste.
Muito triste.
Triste.
Muito triste.
Muito triste.
Muito triste mesmo.
Triste.
Deveras triste.
É isso, triste...

*Acreditar*

Sinto que até posso ter sorte e arranjar um emprego... Se começar a bater a portas e a distribuir CV loucamente.

Hoje fui invadida por aquele sentimento de que até posso ter sorte.
Vou enfrentar.
Vou conseguir.
Demore o tempo que demorar.
E independentemente das vezes que vou desanimar, eu hei-de lá chegar.

sábado, 4 de julho de 2009

Esta noite...

... fui invadida por uma inspiração que não sei de onde veio mas elaborei um plano, julgo que bastante consistente para a minha tese.

E foi bom chegar a casa hoje. Sem gritos, sem discussões.

Não estou mal.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sem Coragem para Pensar

Estou sem vontade de fazer nada. Ou é pelo calor. Ou é porque só me apetece dormir. Ou é porque não tenho bebido café.
Custa habituar-me. Ando cansada. Ando stressada. Ando ansiosa. Ando triste e alegre ao mesmo tempo.
Acho que estou a ficar doente. E dói um bocadinho a cabeça.
E estou cansada. Sinto-me muito fraca e tenho medo que isso se deva à alimentação que tenho feito. Que até não tem sido má, mas podia ser melhor, confesso.
Estou cansada. Muito cansada. Mas amanhã vou acordar com uma energia capaz de derrubar a torre de pisa! :-)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ando...

... ligeiramente desmotivada.
E um bocadinho mais nervosinha que o costume.
Não consigo gerir o meu tempo! Ai que raivaaaaaa!!!!
E com o calor não me apetece fazer nada, nem ler sequer. E eu que adoro ler.
Fogo, vou pôr os pés em água fria para ver se não adormeço.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Madrugada no Hospital

O relógio devia marcar 5h da manhã. Acordei com um peso no estômago e um desconforto imenso. Sentia-me muito cansada mas esse mau estar impediu-me de fica na cama. Lembro-me que tentei levantar-me e que tinha tonturas. Estas intensificaram-se quando tentei dirigir-me ao lavatório. Esforço inútil.
Quando dei por mim estava caída no chão da casa-de-banho com a minha J. a ligar para o INEM. Eu não sei dizer o que me tinha, mas lembro-me de não sentir as pernas. Não tinha dores mas também não tinha forças. Tinha muitos vómitos. Fixei o olhar num ponto qualquer e só pedia água. Eu tinha tanta sede...
A minha J. ficou comigo até eu entrar na ambulância. Lembro-me que ela ficou ali a segurar a minha mão, a pôr-me água na cara, a tentar manter-me acordada. Foi ela que impediu que me magoasse mais a sério na minha queda na casa-de-banho (da qual não me lembro). Foi ela que me distraía dizendo que nessa noite eu teria de lhe fazer o jantar, limpar o quarto e bla bla bla. Prometi-lhe que se ficasse bem lhe fazia tudo isso. Foi o único momento em que as lágrimas me inundaram os olhos e percebi o quanto eu queria ficar bem.
Foi um sacrifício sobrenatural descer as escadas. Odeio sentir-me assim sem forças. E pela primeira vez na minha vida andei numa maca, com cintos a apertar-me e a sensação de que a minha vida dependia daquele transporte.
Nunca me lembrei que podia não sobreviver, tenho de ser sincera. Apesar de me sentir muito fraca, senti que não ia morrer. Mas várias vezes me lembrei daqueles que mais amo; não sei se pela força que me dão ou pela falta que me faziam naquele momento.
Sinto que aconteceu tudo muito rápido. Não tive tempo para "stressar" nem para pensar.
Mas desta vez, lembro-me que quis agarrar a vida porque há pessoas que não dependem de mim para viver, mas estão comigo quando a minha vida depende delas. Sinto que tenho muitos problemas para ultrapassar, muitos obstáculos que neste momento me paralisam. Muitas coisas que sei que vou remoer. Mas também tenho oportunidades que não vou deitar pela janela. Pessoas que não posso nem quero perder.
À minha J. , por todo o apoio, dedicação e amizade. Se te disser que te devo a vida, tu sabes que é verdade. E como eu te disse quando cheguei a casa, que o teu anjinho da guarda te acompanhe sempre tal como o meu o fez comigo neste episódio.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os benefícios das Consultas...


Sei que não tenho actualizado o blog e prometo voltar a escrever todos os dias nem que seja uma frase.
As últimas consultas têm corrido bem. Com a ajuda da Drª tenho tentado descobrir quais são os pensamentos que me deixam mais desanimada ou ansiosa. Acho que são tantos... E ao mesmo tempo, tenho descoberto que já arranjei defesas para alguns.
No outro dia assinamos um contrato de compromisso com determinadas tarefas que tenho mesmo de cumprir. Algumas sei que posso mesmo fazer, outras sei que vou começar mas envolvem um processo contínuo e demorado.
Quem me conhece sabe que não falho aos meus compromissos. Por isso, vou cumprir e da melhor forma.
Gosto de ir às consultas. Saio de lá com a certeza de que tenho "solução". E normalmente essa sensação mantém-se inabalável até ao dia seguinte. Gosto de ser sincera a 100% porque sei que a Drª compreende o que estou mesmo a viver e que ela me pode ajudar a melhorar.
Compreendo que para quem não consegue falar do que sente, o início das consultas pode ser um problema. Mas tenho a certeza que depois das primeiras consultas, esse medo é ultrapassado e os benefícios são mais do que muitos.
Muitas pessoas dizem-me que não tenho o que fazer ao dinheiro ou que a psicóloga faz o trabalho de uma amiga. Mas não é verdade. E eu já devia ter começado as consultas há bastante tempo. Eu acho que vale a pena tudo o que estou a fazer.
Estou a viver a pior fase da minha vida. Sem objectivos, sem certezas, com muita ansiedade e medo em relação a tudo. E foi precisamente nas consultas que venho a aprender a contornar tudo isto. É por reflectir, desabafar e, com a ajuda da Drª, que tenho conseguido sorrir. Frequentemente oiço pessoas que me rodeiam dizer: "Quem diria que esta miúda anda a ser acompanhada por uma psicóloga?"
Isso não deixa de me comover, sinto que não lhes transmito todo o pessimismo que me invade. E, com as consultas, esse pessimismo deixou de me paralisar. Pode cá continuar mas em doses mais pequenas que me permitem viver e aproveitar os bons momentos sem medo do que vem a seguir. Porque a felicidade, como já referimos, é feita de momentos. E os maus servem para valorizarmos mais os bons... :-)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Entre elogios e espinhos...

Falei com a minha amiga que tem um tumor... Diz-me ela:
"Oh minha querida, o facto de ser psicóloga ajudou-me a lidar com isto e sobretudo já ter trabalhado com pessoas na mesma situação. Isto ajudou-me a crescer muito cá dentro. Pena que não tenha sido mais cedo, mas nunca tarde. (...) Perdoo quem me fez mal porque não quero partir com raiva de ninguém; quero ter paz no coração.
Agora que estou mal, as pessoas chegam-se para a minha beira para ver se tenho má cara ou se as minha pernas se seguram... Querem ter pena de mim, mas eu não quero a pena de ninguém!
Mas tu, nunca me vou esquecer a amiga que sempre foste para mim. No outro dia estive a ler a carta que me escreveste e chorei porque senti as palavras... Aprendi a ver que podemos ser felizes mesmo com o mundo contra nós, o que precisamos é das pessoas essenciais. Obrigada pela tua amizade, companheirismo e sobretudo conforto."
Perguntei-lhe como ela estava e se tinha voltado ao médico:
"Oh Linda... O medico diz que isto é uma bomba relógio. Para já sobrevivo como todos os outros seres humanos arranjando estratégias e sobretudo muita força para não pensar naquilo que me reserva o futuro. Sabes, é nestas fases que entendo que não temos nada nem somos nada. Tenho dinheiro, sou uma pessoa inteligente, com defeitos, bem sucedida, às vezes tenho atitudes injustas... Mas não tenho o essencial: a saúde. Contudo, o meu suporte é a família e amigos. Deixo o resto nas mãos de Deus e confio nele com todas as minhas forças pois já me resta pouco tempo. Obrigada pela força, és linda e uma querida. (...) Nunca podemos deixar que nos vençam..."
Disse-lhe que até me emocionou com a força que demonstra e as palavras. Ao que ela respondeu:
"Oh querida, isso é que não! Sempre numa onda boa e positiva! :-) Aquilo que eu quero é que tu sejas feliz, porque só ver os meus amigos felizes e as pessoas que eu amo bem, é a melhor coisa do mundo! E tu não deixes que a maldade dos outros perturbe a tua felicidade e bem estar... Nunca te esqueças disto..."
Agora digam-me que ela não é uma força da natureza... E em breve deixarei ide a ter comigo... A vida é tão injusta e mesmo que a enfrentemos e ultrapassaremos cada batalha, há sempre um momento em que é ela que vence. Como vai ser o caso. Para grande desgosto meu...

sábado, 20 de junho de 2009

A Propósito de estar a mais...

Uma situação daquelas que aumentam o meu sentimento de estar a mais na vida das pessoas aconteceu à bocado.
Fui eu tratar das cenas para a minha irmã, e atrasei-me para jantar. Que não me ligassem a perguntar por onde andava e se ia demorar, eu até entendo e agradeço.
Mas que eu não tenha comida quando chegar, já é um bocadinho demais, não acham? Isto não é propriamente normal, mas na minha casa aconteceu isto. A minha família fez-me isto...
Não desatinei mas fiquei com umas trombas daqui à china! Que querem que faça? Sinto-me a mais.
Sem mim a dar-lhes problemas, eles tinham uma vidinha estabilizada e perfeitinha (na medida do possível).
Ai que nervos!!!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mais um Dia...

Ontem andei todo o dia de um lado para outro sem conseguir fazer nada de jeito. Não resolvi nada do pc, não fiz nada para a tese. Só me chateei e andei de um lado para o outro, coisa não muito agradável com este calor...
Por mito que tente parecer forte, isto do computador está a mexer muito comigo. São acidentes que acontecem. Mas porquê tudo ao mesmo tempo? Assim, nunca vou conseguir ficar bem totalmente... Quando eu digo bem, entenda-se normal.
Esta noite não dormi nada bem! Acordei a meio da noite enjoada e pensei mesmo que desta vomitaria. Foi diferente. Já não fiquei ansiosa nem entrei em pânico. Sentei-me e olhava para a minha J. e nem conseguia vê-la. Mas só queria vomitar e voltar a dormir. Não queria mais nada... Já não tive medo de me engasgar ou de sufocar. Então pensei: "Mesmo que morra, é da forma que não sofro mais..." Então percebi que continuo sem objectivos, sem ambições e que até seria melhor se eu desaparecesse.
Mas agora, já não sinto isto da forma que sentia antes. Porque, apesar de me encontrar num ponto em que não sei bem para onde me virar, a verdade é que não ando triste nem desanimada. Descobri que o mais importante é não fechar as portas a novas oportunidades e rodearmo-nos de quem nos faz bem. E pessoas assim tenho eu mais do que suficientes na minha vida...
Mas que dias como o de hoje custam, lá isso custam...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uma Espécie de Apresentação e De Perda...

Hoje fiz a minha apresentação final na formação. Correu muito bem! Mas desta vez, nem sei se a ansiedade pregou partida ou não. Um incidente minutos antes impediu-me de ser racional e chorei um pouco.
Decididamente, acho que nasci para ser formadora. Para interagir com os formandos, para ensinar, para comunicar. Gostei mesmo!
Em todos os aspectos sinceramente gostei :-)
Fiquei sem o meu computador. Sei que lhe dou demasiada importância mas ele é o único que fica comigo quando todos os outros vão embora. E saber que gostava tanto dele, custa. Todas as mudanças me custam muito... E eu fico triste com tudo isto. Gosto tanto das minhas coisas e, de repente, puff! Lá se foi tudo! Mas estou bem mais calma do que alguma vez pensei. No fundo, acho que podia ser bem pior. Se me acertasse na cara partiria os óculos novos (mais baratos do que o ecrã do pc) mas certamente que me magoaria muito mais. E quem sabe outra cirurgia ao nariz! (isso é que não! Por favor!)
Decididamente, hoje vou dormir. Há coisas que quero mesmo esquecer...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Rotina...

Acho que consideramos que a rotina é uma coisa banal.
Mas nem sempre deveríamos pensar assim.
Há pessoas que vivem para a adrenalina, para não ter rotinas e para mudar radicalmente e cortar com tudo de um momento para o outro. Quanto a esses estamos conversados, uma vez que é a sua opção de vida.
Mas há aqueles, como eu, que gostam de uma certa rotina. Julguei que não, por isso, me aventurei por uma cidade nova, por meses longe da minha família e de tudo em férias sozinha, por mudar de amigos... Julguei que a minha felicidade dependia de algo mais do que já possuía. Mas não. A felicidade e o meu bem-estar sempre dependeram de mim (não na sua totalidade mas maioritariamente).
Julgava que ter de fazer sempre o mesmo percurso, ter as mesmas aulas, exercer as mesmas funções era uma seca. Queria mudar constantemente.
Hoje sei que eu preciso de uma certa rotina porque não sei lidar bem com a incerteza que me reserva o futuro. Agora já não é um medo que me paralisa, mas um medo que me faz lutar. É um medo bom, digamos.
E a rotina não tem de ser banal. Todos os dias temos de entrar e sair as mesmas horas do trabalho mas a forma como encaramos é determinante. E pode sempre acontecer qualquer surpresa, a qualquer nível. E se estivermos de olhos minimamente abertos, vemos que cada novo dia nos traz algo de novo. A rotina só se torna banal se nós o permitirmos.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ponto de Situação

Cá por casa as coisas andam melhores. Logo, eu ando melhor. A questão é até quando?
Não sei eu nem sabe ninguém. Talvez mesmo nem os meus pais. Mesmo comigo, a atitude deles parece ter mudado. Sei que é temporário, infelizmente. Mas também não quero ficar preocupada com a certeza de que um dia voltará tudo ao mesmo. Porque eu sei que voltará!
Quanto aos meus "amigos" eu nem sei o que pensar. Falo daquelas que tanto são amigas como deixam de o ser e nos dizem coisas com o único objectivo de nos desanimar.
Todos têm sido impecáveis comigo. Mesmo.
Tenho saído de casa. Não tenho ficado sozinha. Tenho feito tudo o que quero mas a preocupação da tese anda sempre comigo. Hoje fiquei em casa, queria adiantar. Mas a vontade não chega, está mesmo muito difícil pegar nisto.
Quanto a trabalhinho, vou tentando não pensar tanto a longo prazo e fazer os possíveis para ter emprego. Evito pensar no que me dizem: "É frustrante acabar um curso e não se fazer o que se gosta. não é?"
A resposta lógica seria: "É." Mas eu não sinto que o tempo do curso tenha sido em vão. Aliás, eu sinto que cresci tanto e mudei em certos aspectos. E isso é o que faz de mim uma pessoa feliz. Até agora, a universidade ajudou-me muito em variadíssimos aspectos. Não consigo desanimar com aquela frase porque me agarro a esta ideia.
Claro que eu gostava de ter um trabalho na minha área, mas sinto que a tese ainda me vai tomar muito tempo e que não sei se consigo fazê-la e trabalhar ao mesmo tempo. Por outro lado, eu agora também não consigo fazê-la e não, por isso já nem sei o que seria melhor.
Ainda por cima agora vem também a preparação da autoscopia final. Tenho tema e plano de sessão. Falta-me o material e organizar a informação.
Resumindo, fiquei em casa, são 3h da manhã e eu não fiz nadinha de nada!
Fogo, já não sei se isto é apenas desânimo ou se é mesmo preguiça!

terça-feira, 9 de junho de 2009

PORQUÊ?!

Sei que a luta é feita de momentos.
Sei que em algum momento teria de fracassar. Mas não por causa disto. Não desta maneira. Estou um bocado farta de sofrer por causa disto.
Há momentos em que penso que atirar-me de uma ponte (como um amigo meu fez recentemente) resolveria os meus problemas e muitos às pessoas que me rodeiam...
Não está nada fácil. Nadinha mesmo...
Por que será que as pessoas não acreditam em mim quando eu digo que não me habituem mal porque depois é muito pior a ausência?! Porquê? Porquê?
Alguém me explica porquê?
Eu não peço mais nada à vida, nem sequer peço para ser mais feliz ou para ter mais do que tinha naquele momento. Eu só pedia para não perder mais do que eu tinha. Que por pouco que fosse, era o suficiente para eu ser feliz.
Acho que estes momentos estão a ser muito difíceis. Custa-me a indiferença das pessoas que já tiveram um papel central na minha vida.
Hoje sinto que o mundo se esqueceu de mim... Para Sempre...

domingo, 7 de junho de 2009

O Que Escrever Pode Significar

A semana passada ajudou-me em variadíssimos aspectos.
Em primeiro lugar pelo que já referi, a ansiedade foi relativamente fácil de suportar mesmo com três cafés diários.
Depois, acho que consegui fazer um bom trabalho mediante o exigido. Houve momentos em que não foi fácil e a minha insegurança falava mais alto. Os incentivos da M. e da C. foram determinantes. É bom trabalhar com pessoas que sabem que nos esforçamos ainda que não alcancemos os mais elevados índices de produtividade. Um dia chegarei lá.
Esta semana percebi que até sei escrever. Cuidadamente e eruditamente. Sem erros de gramática nem sintaxe. Refiro-me a escrever artigos que serão lidos em contextos laborais, institucionais e que devem seguir certos requisitos. Julgava-me incapaz apesar de mil e um trabalhos com boas notas, alguns individuais (que eu considerava ter sorte) e outros em grupo (que eu julgava que o trabalho era todo delas).
Senti um bloqueio quanto à escrita porque escrever cientificamente não é o mesmo que escrever no blog. Aqui eu não me preocupo com a coerência nem com a gramática. Preocupo-me em expôr com o maior rigor possível, tudo aquilo que me vai na alma. Tudo o que eu preciso libertar para me sentir melhor.
O meu blog é o meu melhor amigo. E vocês que estão desse lado a ler são uma fonte de apoio que prezo. Embora não pareça.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sobrevivi...

Sobrevivi ao trabalhinho...
Sobrevivi à tua ausência...
Sobrevivi à correria tremenda...
Sobrevivi ao ver tão grande desgraça na vida de toda a gente...
Sobrevivi, apenas!
E gostei muito. E cresci imenso.
Afinal, eu até sou capaz!
:-)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Às vezes...

... apetece-me parar tudo o que estou a fazer e ficar apenas perdida nos meus pensamentos. É a minha forma de me manter sã nesta caminhada.
Ficar ali perdida em pensamentos felizes. Recordações de momentos em que as dificuldades eram mais do que as de agora.
Saudades de momentos em que a vida era tão mais simples e a minha felicidade se resumia a saber que estavas aí.
Hoje, o simples facto de saber que não estás aí deixa um vazio enorme.

terça-feira, 2 de junho de 2009

...

Saudades de quando sorria contigo.

Saudades de quando sabia que te ia ver e sentia que havia alegria em ti por também estares comigo.


Saudades de um tempo que me apertavas o coração até ao meu limite e mesmo assim eu não me preocupava.

Saudades de quando eu sentia poder dizer-te qualquer coisa...

Primeiro dia de trabalho!

Hoje foi o primeiro dia de trabalho. Tenho a sensação de que não fiz nada ou que não percebi nada. Mas a C. disse que ia sr mesmo assim. Amanhã vou fazer as entrevistas. E depois vou sozinha. Isto entusiasma-me.
Acordei com um peso no estômago. Estava tão nervosa. Mas de tarde quase tive uma crise de ansiedade. Passou.
Não posso dizer se fiz o que devia, se dei o máximo de mim, se estou no bom caminho. Não sei... Apenas sei que com o trabalho e a formação vou chegar de rastos ao final da semana. Isso importa? Não, não importa. É da maneira que me sinto útil... :-)
Acreditar que sou capaz ainda e difícil mas estou rodeada de pessoas excelentes que só não me apoiam mais porque é impossível.
Continuem a torcer por mim, pf!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Wish Me Luck!

Eu não me sinto capaz. Amanhã vou trabalhar. Uma situação nova, uma situação que tenho de estar a altura.
Tento ter calma. Não quero sofrer inutilmente.

sábado, 30 de maio de 2009

Momentos

Hoje já não fiquei tão nervosa como nas consultas anteriores. Quanto mais o tempo passa, já não parece tão estranho. Aliás, acho que posso mesmo dizer que já não é estranho.
A Drª hoje ensinou-me alguns truques para "enganar" o cérebro, ou seja, para despistar a ansiedade. Não os posso esquecer e quando ela aparecer vou usá-los. Sei que só por si não resolvem nada, que tenho de trabalhar muito os pensamentos. Mas acho que este foi mais um passo. E os outros vêm a seguir.
À pergunta que eu mais temia, e para a qual não encontrei respostas, a Drª explicou-me que as razões para viver não se prendem unicamente com objectivos gerais. Muito pelo contrário, são pequenas coisas que nos dão muito prazer. Que nos fazem sentir bem. São momentos, são pequenos passos que podemos dar agora rumo a um objectivo maior. Ou são apenas coisas simples que nos proporcionam bem-estar. Como o sorriso dos meus sobrinhos. As minhas caminhadas com o MP4. Os meus momentos de dança na discoteca ou no ginásio. As gargalhadas com as minhas amigas e colegas de casa. O simples gesto de ficar a contemplar as estrelas. As apresentações orais (chamem-me maluca se quiserem, mas eu gosto...). São alguns dos ingredientes da minha felicidade. Que tal como a de todos nós, é feita de pequenas coisas. De momentos.
São como peças de um puzzle que diariamente tentamos construir. Algumas vezes enganamo-nos na peça ou simplesmente na sua posição. Mas vamos sempre tentando construi-lo da melhor forma possível. Só assim, estaremos a construir a nossa felicidade.
Porque ela não se alcança; ela é constituída por momentos. E no final da nossa vida, verificaremos que fomos tão mais felizes quantos mais momentos desses vivermos.

Quinta-feira, 28 Maio 2009

Apetece-me escrever um blog só para falar de tanto do que não consigo dizer-te.
Não me falas. Sei que até discutimos por minha culpa e por coisinhas de nada. Sei que já te magoei duas vezes ao tentar afastar-te radicalmente da minha vida. Custa-me o facto de nunca te ter dito que fui injusta e que te peço desculpa.
Sei que para ti não deve ser fácil. Sei que nem sempre tenho as melhores reacções e sei que muitas vezes dramatizo. Mas também sei que fiz coisas boas. Acho que fiz tanto de bom como de mau. E que o que se sobrepôs foi mesmo a parte má. Sei que é sempre a mágoa que fala mais alto, mas hoje eu consigo perceber que eu também te disse coisas boas que tu nunca me dirás.
Por isso, sigo com um aperto no peito porque sinto a tua falta. Mas tenho de continuar porque a verdade é que não me falas e eu não posso prender-me a isto. Não posso mais passar a vida a pensar que sou sempre eu que estrago tudo.
Um dia vai tudo volta a ser como quando nos conhecemos. Quando me bastava olhar para ti e, da minha boca, surgia o sorriso mais expressivo do mundo.

Deveria ter escrito na quarta-feira à noite...

Foi a prova mais dura por que passei. Pensei desistir mas a minha afilhada não me deixou. Obrigada Ju.
Lembro-me de lhe dizer: "Eu já não estou bem comigo própria. Isto custa muito. Ainda tenho de ouvir mais mentiras a meu respeito?! Por que não me deixam em paz? Será que não percebem que não precisam de fazer nada para eu ficar mal porque eu já estou? Não percebem?"
Foi um dia muito mau. Chorei até ao ponto de soluçar. Estava tão cansada de ter dormido tão pouco mas nem assim consegui dormir. Pedi ajuda para resolver uns problemas informáticos e parecia que o mundo me tinha voltado as costas. Ninguém em casa nem no msn para me ajudar. Os telemóveis estavam desligados ou as mensagens ficavam pendentes.
Percebi que nada mais havia a fazer. Lá peguei num casaco e sentei-me na varanda a ouvir música e a olhar para o céu. Estava uma noite bastante agradável. Podia ter saído mas não consegui. deixei-me ficar ali a olhar o céu e a sentir a brisa suave.
Chorei enquanto me apeteceu, solucei até ficar sem forças. Aí levantei-me e fui para a cama. Não dormi mas também já não estava tão revoltada.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

"Tens de Ser Forte!"

Eu sei que não devia deixar que esta coisa me afectasse tanto. Eu sei.
E desta vez não posso fugir da situação, não posso arranjar nenhuma desculpa nem posso sequer fingir que ela não existe.
Tem de ser. Tenho de enfrentar. Vai custar tanto... Sei que vai. Mas também sei que estas serão as 4h mais longas do meu dia. E vou ter de ver a pessoa que foi mais do que injusta comigo.
É caso para dizer: "Tens de ser forte."
Vou ser.
Desejem-me sorte e estejam a torcer por mim...