segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os benefícios das Consultas...


Sei que não tenho actualizado o blog e prometo voltar a escrever todos os dias nem que seja uma frase.
As últimas consultas têm corrido bem. Com a ajuda da Drª tenho tentado descobrir quais são os pensamentos que me deixam mais desanimada ou ansiosa. Acho que são tantos... E ao mesmo tempo, tenho descoberto que já arranjei defesas para alguns.
No outro dia assinamos um contrato de compromisso com determinadas tarefas que tenho mesmo de cumprir. Algumas sei que posso mesmo fazer, outras sei que vou começar mas envolvem um processo contínuo e demorado.
Quem me conhece sabe que não falho aos meus compromissos. Por isso, vou cumprir e da melhor forma.
Gosto de ir às consultas. Saio de lá com a certeza de que tenho "solução". E normalmente essa sensação mantém-se inabalável até ao dia seguinte. Gosto de ser sincera a 100% porque sei que a Drª compreende o que estou mesmo a viver e que ela me pode ajudar a melhorar.
Compreendo que para quem não consegue falar do que sente, o início das consultas pode ser um problema. Mas tenho a certeza que depois das primeiras consultas, esse medo é ultrapassado e os benefícios são mais do que muitos.
Muitas pessoas dizem-me que não tenho o que fazer ao dinheiro ou que a psicóloga faz o trabalho de uma amiga. Mas não é verdade. E eu já devia ter começado as consultas há bastante tempo. Eu acho que vale a pena tudo o que estou a fazer.
Estou a viver a pior fase da minha vida. Sem objectivos, sem certezas, com muita ansiedade e medo em relação a tudo. E foi precisamente nas consultas que venho a aprender a contornar tudo isto. É por reflectir, desabafar e, com a ajuda da Drª, que tenho conseguido sorrir. Frequentemente oiço pessoas que me rodeiam dizer: "Quem diria que esta miúda anda a ser acompanhada por uma psicóloga?"
Isso não deixa de me comover, sinto que não lhes transmito todo o pessimismo que me invade. E, com as consultas, esse pessimismo deixou de me paralisar. Pode cá continuar mas em doses mais pequenas que me permitem viver e aproveitar os bons momentos sem medo do que vem a seguir. Porque a felicidade, como já referimos, é feita de momentos. E os maus servem para valorizarmos mais os bons... :-)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Entre elogios e espinhos...

Falei com a minha amiga que tem um tumor... Diz-me ela:
"Oh minha querida, o facto de ser psicóloga ajudou-me a lidar com isto e sobretudo já ter trabalhado com pessoas na mesma situação. Isto ajudou-me a crescer muito cá dentro. Pena que não tenha sido mais cedo, mas nunca tarde. (...) Perdoo quem me fez mal porque não quero partir com raiva de ninguém; quero ter paz no coração.
Agora que estou mal, as pessoas chegam-se para a minha beira para ver se tenho má cara ou se as minha pernas se seguram... Querem ter pena de mim, mas eu não quero a pena de ninguém!
Mas tu, nunca me vou esquecer a amiga que sempre foste para mim. No outro dia estive a ler a carta que me escreveste e chorei porque senti as palavras... Aprendi a ver que podemos ser felizes mesmo com o mundo contra nós, o que precisamos é das pessoas essenciais. Obrigada pela tua amizade, companheirismo e sobretudo conforto."
Perguntei-lhe como ela estava e se tinha voltado ao médico:
"Oh Linda... O medico diz que isto é uma bomba relógio. Para já sobrevivo como todos os outros seres humanos arranjando estratégias e sobretudo muita força para não pensar naquilo que me reserva o futuro. Sabes, é nestas fases que entendo que não temos nada nem somos nada. Tenho dinheiro, sou uma pessoa inteligente, com defeitos, bem sucedida, às vezes tenho atitudes injustas... Mas não tenho o essencial: a saúde. Contudo, o meu suporte é a família e amigos. Deixo o resto nas mãos de Deus e confio nele com todas as minhas forças pois já me resta pouco tempo. Obrigada pela força, és linda e uma querida. (...) Nunca podemos deixar que nos vençam..."
Disse-lhe que até me emocionou com a força que demonstra e as palavras. Ao que ela respondeu:
"Oh querida, isso é que não! Sempre numa onda boa e positiva! :-) Aquilo que eu quero é que tu sejas feliz, porque só ver os meus amigos felizes e as pessoas que eu amo bem, é a melhor coisa do mundo! E tu não deixes que a maldade dos outros perturbe a tua felicidade e bem estar... Nunca te esqueças disto..."
Agora digam-me que ela não é uma força da natureza... E em breve deixarei ide a ter comigo... A vida é tão injusta e mesmo que a enfrentemos e ultrapassaremos cada batalha, há sempre um momento em que é ela que vence. Como vai ser o caso. Para grande desgosto meu...

sábado, 20 de junho de 2009

A Propósito de estar a mais...

Uma situação daquelas que aumentam o meu sentimento de estar a mais na vida das pessoas aconteceu à bocado.
Fui eu tratar das cenas para a minha irmã, e atrasei-me para jantar. Que não me ligassem a perguntar por onde andava e se ia demorar, eu até entendo e agradeço.
Mas que eu não tenha comida quando chegar, já é um bocadinho demais, não acham? Isto não é propriamente normal, mas na minha casa aconteceu isto. A minha família fez-me isto...
Não desatinei mas fiquei com umas trombas daqui à china! Que querem que faça? Sinto-me a mais.
Sem mim a dar-lhes problemas, eles tinham uma vidinha estabilizada e perfeitinha (na medida do possível).
Ai que nervos!!!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mais um Dia...

Ontem andei todo o dia de um lado para outro sem conseguir fazer nada de jeito. Não resolvi nada do pc, não fiz nada para a tese. Só me chateei e andei de um lado para o outro, coisa não muito agradável com este calor...
Por mito que tente parecer forte, isto do computador está a mexer muito comigo. São acidentes que acontecem. Mas porquê tudo ao mesmo tempo? Assim, nunca vou conseguir ficar bem totalmente... Quando eu digo bem, entenda-se normal.
Esta noite não dormi nada bem! Acordei a meio da noite enjoada e pensei mesmo que desta vomitaria. Foi diferente. Já não fiquei ansiosa nem entrei em pânico. Sentei-me e olhava para a minha J. e nem conseguia vê-la. Mas só queria vomitar e voltar a dormir. Não queria mais nada... Já não tive medo de me engasgar ou de sufocar. Então pensei: "Mesmo que morra, é da forma que não sofro mais..." Então percebi que continuo sem objectivos, sem ambições e que até seria melhor se eu desaparecesse.
Mas agora, já não sinto isto da forma que sentia antes. Porque, apesar de me encontrar num ponto em que não sei bem para onde me virar, a verdade é que não ando triste nem desanimada. Descobri que o mais importante é não fechar as portas a novas oportunidades e rodearmo-nos de quem nos faz bem. E pessoas assim tenho eu mais do que suficientes na minha vida...
Mas que dias como o de hoje custam, lá isso custam...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uma Espécie de Apresentação e De Perda...

Hoje fiz a minha apresentação final na formação. Correu muito bem! Mas desta vez, nem sei se a ansiedade pregou partida ou não. Um incidente minutos antes impediu-me de ser racional e chorei um pouco.
Decididamente, acho que nasci para ser formadora. Para interagir com os formandos, para ensinar, para comunicar. Gostei mesmo!
Em todos os aspectos sinceramente gostei :-)
Fiquei sem o meu computador. Sei que lhe dou demasiada importância mas ele é o único que fica comigo quando todos os outros vão embora. E saber que gostava tanto dele, custa. Todas as mudanças me custam muito... E eu fico triste com tudo isto. Gosto tanto das minhas coisas e, de repente, puff! Lá se foi tudo! Mas estou bem mais calma do que alguma vez pensei. No fundo, acho que podia ser bem pior. Se me acertasse na cara partiria os óculos novos (mais baratos do que o ecrã do pc) mas certamente que me magoaria muito mais. E quem sabe outra cirurgia ao nariz! (isso é que não! Por favor!)
Decididamente, hoje vou dormir. Há coisas que quero mesmo esquecer...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Rotina...

Acho que consideramos que a rotina é uma coisa banal.
Mas nem sempre deveríamos pensar assim.
Há pessoas que vivem para a adrenalina, para não ter rotinas e para mudar radicalmente e cortar com tudo de um momento para o outro. Quanto a esses estamos conversados, uma vez que é a sua opção de vida.
Mas há aqueles, como eu, que gostam de uma certa rotina. Julguei que não, por isso, me aventurei por uma cidade nova, por meses longe da minha família e de tudo em férias sozinha, por mudar de amigos... Julguei que a minha felicidade dependia de algo mais do que já possuía. Mas não. A felicidade e o meu bem-estar sempre dependeram de mim (não na sua totalidade mas maioritariamente).
Julgava que ter de fazer sempre o mesmo percurso, ter as mesmas aulas, exercer as mesmas funções era uma seca. Queria mudar constantemente.
Hoje sei que eu preciso de uma certa rotina porque não sei lidar bem com a incerteza que me reserva o futuro. Agora já não é um medo que me paralisa, mas um medo que me faz lutar. É um medo bom, digamos.
E a rotina não tem de ser banal. Todos os dias temos de entrar e sair as mesmas horas do trabalho mas a forma como encaramos é determinante. E pode sempre acontecer qualquer surpresa, a qualquer nível. E se estivermos de olhos minimamente abertos, vemos que cada novo dia nos traz algo de novo. A rotina só se torna banal se nós o permitirmos.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ponto de Situação

Cá por casa as coisas andam melhores. Logo, eu ando melhor. A questão é até quando?
Não sei eu nem sabe ninguém. Talvez mesmo nem os meus pais. Mesmo comigo, a atitude deles parece ter mudado. Sei que é temporário, infelizmente. Mas também não quero ficar preocupada com a certeza de que um dia voltará tudo ao mesmo. Porque eu sei que voltará!
Quanto aos meus "amigos" eu nem sei o que pensar. Falo daquelas que tanto são amigas como deixam de o ser e nos dizem coisas com o único objectivo de nos desanimar.
Todos têm sido impecáveis comigo. Mesmo.
Tenho saído de casa. Não tenho ficado sozinha. Tenho feito tudo o que quero mas a preocupação da tese anda sempre comigo. Hoje fiquei em casa, queria adiantar. Mas a vontade não chega, está mesmo muito difícil pegar nisto.
Quanto a trabalhinho, vou tentando não pensar tanto a longo prazo e fazer os possíveis para ter emprego. Evito pensar no que me dizem: "É frustrante acabar um curso e não se fazer o que se gosta. não é?"
A resposta lógica seria: "É." Mas eu não sinto que o tempo do curso tenha sido em vão. Aliás, eu sinto que cresci tanto e mudei em certos aspectos. E isso é o que faz de mim uma pessoa feliz. Até agora, a universidade ajudou-me muito em variadíssimos aspectos. Não consigo desanimar com aquela frase porque me agarro a esta ideia.
Claro que eu gostava de ter um trabalho na minha área, mas sinto que a tese ainda me vai tomar muito tempo e que não sei se consigo fazê-la e trabalhar ao mesmo tempo. Por outro lado, eu agora também não consigo fazê-la e não, por isso já nem sei o que seria melhor.
Ainda por cima agora vem também a preparação da autoscopia final. Tenho tema e plano de sessão. Falta-me o material e organizar a informação.
Resumindo, fiquei em casa, são 3h da manhã e eu não fiz nadinha de nada!
Fogo, já não sei se isto é apenas desânimo ou se é mesmo preguiça!

terça-feira, 9 de junho de 2009

PORQUÊ?!

Sei que a luta é feita de momentos.
Sei que em algum momento teria de fracassar. Mas não por causa disto. Não desta maneira. Estou um bocado farta de sofrer por causa disto.
Há momentos em que penso que atirar-me de uma ponte (como um amigo meu fez recentemente) resolveria os meus problemas e muitos às pessoas que me rodeiam...
Não está nada fácil. Nadinha mesmo...
Por que será que as pessoas não acreditam em mim quando eu digo que não me habituem mal porque depois é muito pior a ausência?! Porquê? Porquê?
Alguém me explica porquê?
Eu não peço mais nada à vida, nem sequer peço para ser mais feliz ou para ter mais do que tinha naquele momento. Eu só pedia para não perder mais do que eu tinha. Que por pouco que fosse, era o suficiente para eu ser feliz.
Acho que estes momentos estão a ser muito difíceis. Custa-me a indiferença das pessoas que já tiveram um papel central na minha vida.
Hoje sinto que o mundo se esqueceu de mim... Para Sempre...

domingo, 7 de junho de 2009

O Que Escrever Pode Significar

A semana passada ajudou-me em variadíssimos aspectos.
Em primeiro lugar pelo que já referi, a ansiedade foi relativamente fácil de suportar mesmo com três cafés diários.
Depois, acho que consegui fazer um bom trabalho mediante o exigido. Houve momentos em que não foi fácil e a minha insegurança falava mais alto. Os incentivos da M. e da C. foram determinantes. É bom trabalhar com pessoas que sabem que nos esforçamos ainda que não alcancemos os mais elevados índices de produtividade. Um dia chegarei lá.
Esta semana percebi que até sei escrever. Cuidadamente e eruditamente. Sem erros de gramática nem sintaxe. Refiro-me a escrever artigos que serão lidos em contextos laborais, institucionais e que devem seguir certos requisitos. Julgava-me incapaz apesar de mil e um trabalhos com boas notas, alguns individuais (que eu considerava ter sorte) e outros em grupo (que eu julgava que o trabalho era todo delas).
Senti um bloqueio quanto à escrita porque escrever cientificamente não é o mesmo que escrever no blog. Aqui eu não me preocupo com a coerência nem com a gramática. Preocupo-me em expôr com o maior rigor possível, tudo aquilo que me vai na alma. Tudo o que eu preciso libertar para me sentir melhor.
O meu blog é o meu melhor amigo. E vocês que estão desse lado a ler são uma fonte de apoio que prezo. Embora não pareça.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sobrevivi...

Sobrevivi ao trabalhinho...
Sobrevivi à tua ausência...
Sobrevivi à correria tremenda...
Sobrevivi ao ver tão grande desgraça na vida de toda a gente...
Sobrevivi, apenas!
E gostei muito. E cresci imenso.
Afinal, eu até sou capaz!
:-)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Às vezes...

... apetece-me parar tudo o que estou a fazer e ficar apenas perdida nos meus pensamentos. É a minha forma de me manter sã nesta caminhada.
Ficar ali perdida em pensamentos felizes. Recordações de momentos em que as dificuldades eram mais do que as de agora.
Saudades de momentos em que a vida era tão mais simples e a minha felicidade se resumia a saber que estavas aí.
Hoje, o simples facto de saber que não estás aí deixa um vazio enorme.

terça-feira, 2 de junho de 2009

...

Saudades de quando sorria contigo.

Saudades de quando sabia que te ia ver e sentia que havia alegria em ti por também estares comigo.


Saudades de um tempo que me apertavas o coração até ao meu limite e mesmo assim eu não me preocupava.

Saudades de quando eu sentia poder dizer-te qualquer coisa...

Primeiro dia de trabalho!

Hoje foi o primeiro dia de trabalho. Tenho a sensação de que não fiz nada ou que não percebi nada. Mas a C. disse que ia sr mesmo assim. Amanhã vou fazer as entrevistas. E depois vou sozinha. Isto entusiasma-me.
Acordei com um peso no estômago. Estava tão nervosa. Mas de tarde quase tive uma crise de ansiedade. Passou.
Não posso dizer se fiz o que devia, se dei o máximo de mim, se estou no bom caminho. Não sei... Apenas sei que com o trabalho e a formação vou chegar de rastos ao final da semana. Isso importa? Não, não importa. É da maneira que me sinto útil... :-)
Acreditar que sou capaz ainda e difícil mas estou rodeada de pessoas excelentes que só não me apoiam mais porque é impossível.
Continuem a torcer por mim, pf!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Wish Me Luck!

Eu não me sinto capaz. Amanhã vou trabalhar. Uma situação nova, uma situação que tenho de estar a altura.
Tento ter calma. Não quero sofrer inutilmente.