Mais uma ausência prolongada. A verdade é que não têm existido alterações quanto aos últimos dias.
Tenho andado ao rubro, sempre a correr para todo o lado, sempre stressada, sempre a tentar fazer mil e uma coisas.
Não tenho sentido crises. Mas sinto os sintomas da ansiedade todos os dias. É a taquicardia, é preocupação com tudo, é o medo do incerto, do futuro, de estar sozinha, de não ter emprego, de não ter dinheiro, de perder os amigos porque não lhes dedico muito tempo, enfim... Medo até que as pessoas gostem de mim e eu não saiba retribuir esse sentimento.
Não é que eu considere que não sou digna desse carinho, o meu medo é não saber retribuir, não conseguir expressar que essas pessoas também fazem parte do meu coração.
Ando a ficar cansada. Não tanto desmotivada mas casada porque queria um dia que fosse para pegar no cobertor e ficar no sofá a ver tv sem me preocupar com o trabalho, com a tese (que não faço há mais de um mês).
Não tenho saído para caminhar, fazer desporto e ouvir música. Não tenho ido ao ginásio. Não tenho ido ao café ler o jornal nem tenho ido sequer à esplanada (embora as condições atmosféricas não ajudem). Não tenho ido ao centro comercial sem ser para trabalhar. Passo horas e horas sozinha. Não me assusta mas estou farta.
Ou seja, não tenho procurado momentos felizes, ando sempre stressada e inquieta. Ou é porque não vejo perspectivas de futuro ou porque tenho e não sei escolher. Nunca fui boa a tomar decisões.
E por hoje é isto. Preciso de um intervalo e pensar que pelo menos um dia na semana é meu. Um momento do dia é meu. Preciso de me ouvir a mim própria.