quinta-feira, 16 de abril de 2009

Está tão difícil aguentar

Ontem discuti com a minha mãe. Pensei eu que ela ficaria "feliz" por eu ter conseguido dar esse passo sozinha. Mas, como sempre, nada do que eu fizer está bem.
Foi preciso uma força quase sobrenatural para que eu conseguisse marcar a consulta. E já lá vão uns tempos que eu estava para fazer isto.
Eu não preciso que me digam coisas que me magoem. Que me dilacerem. Acho que já estou bem mal. Diz ela que eu devia ter procurado melhor, mesmo tendo eu dito que até simpatizei com a psicóloga e me senti quase à vontade. Foi estranho, muito estranho. E custa tanto. Não por ela, mas por mim. Senti que não podia chorar mas chorei. Senti que tinha de dizer tudo o que não conseguia.
E depois de tanto sufoco, a minha própria mãe desanima-me?
Por favor, eu só quero ficar bem!
Apesar de ontem ter sorrido um bocadinho, hoje o meu pensamento ao acordar foi: "Por favor, não abram as janelas!" Não quero ver a luz do dia. Não quero!
Quero pôr a cabeça debaixo da almofada e morrer aos poucos. Não quero passarinhos a cantar. Não quero a chuva. Quero esquecer que estou viva e tenho de enfrentar mais um dia.
Eu não tenho razões para viver. Sinto que sou um estorvo na vida de toda a gente.
Ainda assim peguei na mochila e estive a trabalhar. As escadas pareciam intermináveis. Comecei a tossir tanto que pensei que ia morrer ali. Tenho os pulmões cheios de tanta porcaria. Tenho medo, muito medo. Apetecia-me tanto chorar. Mas tanto! E os vómitos... E o peso nos meus olhos...
Não consigo comer direito. Agora à noite ainda comi. Mas o mau estar é imenso. As dores de estômago... Os vómitos... Ai como eu queria estalar os dedos e ficar bem...
Eu não sei até quando vou sobreviver. Eu já nem penso em viver. Penso em sobreviver. Está muito difícil enfrentar os dias. Sempre que acordo só penso: "Mais um dia de tortura!" E às vezes apetece tanto tomar um comprimido e passar o resto do dia a dormir. Mas tento não fazer. Sei que não resolve.
A noite agora caiu. E o sorriso do dia aconteceu graças às palavras de alguém que está comigo há quatro anos. Obrigada, arrancaste-me um sorriso. E essas palavras não sei caracterizar. Obrigada de coração.
Já não me apetece falar nem ver as pessoas.

2 comentários:

Cristiana disse...

Vais encntrar, na escuridão dos teus dias, pequenas coisas que te fazem manter viva, que te dão motivos para sorrir. No que depender de mim, e enquanto fôr capaz disso, nunca te abandonarei. Sê forte, muito forte. Beijinho enorme.

Ricardo disse...

SABES K ESCREVER NAO É COMIGO,MAS PK NAO PESKISAR E ENCONTRAR ALGO DE AGRADAVEL DE S LER...


Por mais que o pessimismo te acorrente
Por mais que a dor
Te deturpe os sentidos…
Por mais que as coisas pareçam desabar
Por mais que penses
Que o mundo irá acabar...

Não desistas!

Por mais traições que venhas a sofrer,
Por mais que o rancor tende em prevalecer,
Por mais que o ódio te tente dominar,
Por mais que a vingança
Te tente superar…

Não desistas!
Todos nós temos uma missão: não desistir
Levar tudo até ao fim,

Até às últimas consequências
E gritar então: eu consegui!
Por mais que te tentem rebaixar
Por mais que te sintas em baixo!
Levanta a cabeça e grita: eu consegui!
Pois eu sou eu!

Por mais que te sintas molestada
Por mais que te sintas enganada…
Mantém porte altivo e olhos firmes
Pois tu és tu!Não desistas!
O caminho é longo…
Mas consegues!

Ri, diverte-te,
Deixa correr a tua essência
Pensa como o mundo
Pode ser maravilhoso!
Pois tu és tu!
Ninguém pode negar esta evidência!