quarta-feira, 15 de abril de 2009

Início das Consultas

Hoje iniciei consultas de psicologia. Quando comecei a tratar mal toda a gente senti que devia procurar ajuda. Sozinha já não consigo. E preocupo demais quem gosta de mim.
Sinto-me abandonada. Triste. Desprezível. Sinto-me num buraco escuro. Perdida.
E sei que a culpa é minha, de certa forma.
Custa tanto falar. custa tanto dar passos em frente. Custa muito. E sinceramente não sei se sou capaz.
Isto está a ser tudo muito estranho...

2 comentários:

Ângela Filipa disse...

Minha querida "Joana" quando há uns anos resolvi afastar de mim as pessoas que me amavam... quando tentei findar com a minha vida por pensar que já nada valia a pena... quando me senti nesse buraco fundo que tão bem conheço... também óptei por enfrentar e começar a lutar.
Esse primeiro passo de reconhecer a existência de um problema que nos afecta já é meio caminho andado. Parabéns pela tua coragem minha querida!
Lembro-me bem do quão bom foi, após ter ganho confiança na pessoa que me tratou, abrir as "goelas" da minha alma e deitar tudo para fora! É tão bom sentir a liberdade de quem se sentia presa mesmo estando livre!
Sei que às vezes a sensação de estarmos sozinhos mesmo quando estamos rodeados de pessoas que nos amam!
A ti, minha querida, eu digo: NÃO TENHAS MEDO!!!
Ainda que digas ( e eu sei que estás a pensar para ti mesma) que não tens força... tu és um tornado de força! Pela magia do teu sorriso, pela força das tuas lutas, pelas vezes em que não desististe dos teus sonhos...
Anda... vá lá... minha querida: tu és como a fénix! Anda... FORÇA... renasce das cinzas... linda e com um sorriso maravilhoso... que eu sei que tens!
Vou deixar-te a letra de uma música que marcou a minha vida nesse momento e por isso a tenho como lema de vida:

Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração!


Um terno abraço de quem gosta muito de ti!
Um beijinho de mim para ti!

Vânia Silva disse...

És capaz sim senhora, porque na realidade és mais forte do que pensas.

Não estás abandonada, eu estou aqui contigo sempre...