segunda-feira, 20 de abril de 2009

Surpresas

No Sábado à noite estive com alguns dos meus amigos de sempre. Daqueles para quem não falamos todos os dias mas que consideramos amigos porque eles estão connosco quando sabem que precisamos.
Fui ver o torneio de futebol e, normalmente, saio sem voz de lá. Desta vez, estive muito calma. Não gritei, não me exaltei. Festejei três golos, apenas.
Fiquei a observar mais as pessoas do que propriamente os jogos. Fiquei a ver os meus amigos e o facto de sentir que estou a mais. Não lhes disse. Mas de facto, foi isso que eu senti.
A distância entre mim e eles parece crescer ainda mais com o tempo. Mas depois, há uma noite como a de Sábado em que percebo que nada mudou. Eles continuam ali, onde sempre estiveram. E eu continuo por aqui perdida em meus pensamentos que me afastam de tudo e de todos. Como diz a Drª, tenho de perder esta mania de querer controlar tudo. De afastar de mim as pessoas, apenas porque um ou outro dia deram sinais de que poderiam magoar-me.
Eu sabia que esta era uma reacção ao medo da dor, do sofrimento. Mas não tinha noção de que era uma tentativa de querer controlar tudo.
E como ela diz: "Às vezes, é bom ser surpreendido." E eu não podia estar mais de acordo. No Sábado foram muitas as surpresas. Pena a noite ter acabado como todos os sábados... Um dia mudo isto.

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